O I Fórum de Discussão Coração é Vida, promovido pelo vereador Cláudio Andrade, aconteceu no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), nesta sexta-feira.
Participaram as médicas cardiologistas, Érika Porto, Francine Peixoto, a representante das mães de cardiopatas, Nathália Rosa e a representante da Secretaria de Saúde Vanessa Cabral.
O vereador Cláudio Andrade abriu o evento lembrando que a ideia do fórum surgiu após o programa apresentado por ele aos sábados, de 11h ao meio-dia, na Rádio Educativa FM, abordar o assunto com a participação da médica Érika Porto, que relatou que os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) não conseguem realizar o eco fetal na rede pública do município e que o aparelho, que poderia realizar o exame, está quebrado no Hospital Geral de Guarus (HGG).
“Fico muito feliz de ser parte integrante de todos esses sonhos e movimentos. Essa é uma obrigação de qualquer autoridade pública. Vou me empenhar com o meu jurídico para colocar em prática a indicação legislativa e me reunir com amigos empresários para pensar de que forma podemos nos mobilizar para ajudar. Não tenho filhos cardiopatas, mas acho que essa é a grande mensagem. Todos nós precisamos estar juntos nessa causa”, afirmou Cláudio Andrade.
O principal objetivo do evento foi discutir quais os tratamentos estão sendo oferecidos pela saúde pública do município a gestantes que precisam realizar o exame eco fetal e aos bebês e crianças cardiopatas do município.
Segundo Érika Porto, o exame eco fetal é uma exigência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que recomenda que todas as gestantes façam esse exame e não só as grávidas de risco.
“Tem obstetra que diz que não é necessário fazer o exame e que é exame da moda! 95% das crianças cardiopatas morrem na primeira semana de vida. Se forem tratadas não correm esse risco”, afirmou a médica durante o evento.
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Núcleo de Primeiro atendimento de Fazenda Pública) enviou ao gabinete do vereador Cláudio Andrade, cópia do procedimento de instrução nº 8\2018 para averiguar o não fornecimento do exame ecocardiograma fetal pela rede pública de saúde da cidade.
O procedimento foi instaurado após a defensoria tomar conhecimento da entrevista. Todo conteúdo relatado durante o Fórum, será enviado à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
