

Em entrevista exclusiva ao J3News, o Capitão Luciano Tavares, coordenador da Operação Segurança Presente, detalhou o caso do homem em situação de rua armado com uma faca e um martelo, que foi morto por um policial do Segurança Presente após avançar com uma faca contra o agente, no início da tarde desta quarta-feira (10). A entrevista pode ser conferida na íntegra no instagram do J3News (clique aqui).
Segundo o capitão da Polícia Militar, a guarnição que estava na Pelinca e recebeu a denúncia sobre um homem agressivo, danificando carros e ameaçando pessoas na Av. 28 de Março. Ainda de acordo com Tavares, o homem chegou até a Av. Pelinca, quando foi localizado pelos agentes e, ao tentar atacar um policial, foi neutralizado.
“O policial deu ordem de parada, ele partiu para cima do policial, que não viu outra alternativa que não fosse efetuar disparos de arma de fogo, e ele (o homem) caiu no chão e infelizmente foi a óbito no local”, conta.
Com a ação, uma mulher que trabalha nas proximidades foi atingida por um estilhaço. Ela foi atendida imediatamente no local e encaminhada para o Hospital Ferreira Machado. De acordo com a equipe de comunicação da unidade hospitalar, ela foi atingida de raspão nas costas, foi feito o curativo, aplicada a vacina antitetânica e já recebeu a alta médica.
As imagens da câmera corporal do policial que efetuou os disparos ficam registradas e à disposição da Justiça, mas segundo o coordenador da Segurança Presente, em análise das imagens, o agente seguiu os protocolos da PM, e agiu de forma técnica e em legítima defesa. Tavares também ressalta que a atuação das equipes policiais não busca o confronto nas abordagens.
“O Segurança Presente atua pautado em uma abordagem de proximidade. Não é o nosso foco, não é o nosso viés, essa polícia do enfrentamento, mas numa situação como essa, em que a pessoa parte de forma agressiva, incisiva contra o policial, para resguardar a vida dele, o policial acabou tentando fazer o uso da arma de fogo”, explica.
Sobre outros casos de ameaça nas ruas
O capitão Luciano Tavares também comentou sobre a recorrência de casos de pessoas com facas ou outros tipos de armas brancas que ameaçam a segurança das pessoas e danificam propriedades nas ruas de Campos.
“Isso é uma situação bastante complexa, nós policiais militares estamos à disposição para atender a população. Todos os dias a gente conduz pessoas para a delegacia cometendo algum ilícito penal, tem dias em que temos duas ocorrências de pessoas com faca sendo conduzidas para a delegacia, e na maioria delas, são pessoas em situação de rua”, comenta.
Ainda segundo o Tavares, a situação chega à necessidade de ação da polícia quando já houveram falhas em outros órgãos da sociedade.
“São problemas que às vezes também perpassam por outros órgãos, que não da Polícia Militar. Quando isso se torna problema de polícia é que geralmente outros órgãos já falhavam, porque existem muitas coisas envolvidas, pessoas em situação de vulnerabilidade, usuários de drogas, mas nós estamos dispostos a atuar”, explica.
O coordenador do Segurança Presente reforça que em situações onde a segurança das pessoas esteja em risco, atenção e cuidado são prioridade, e o contato com as forças policiais é necessário.
“As pessoas tem que tomar cuidado porque a faca é uma arma branca, de um potencial lesivo muito grande, então sempre que a pessoa observar que tem alguém de porte de alguma faca, que esteja agressiva ou qualquer coisa, deve fazer contato de imediato com as forças policiais, ou 190, ou fazer contato com a Segurança Presente. Nós temos agentes espalhados em toda a área: Centro, Pelinca, Guarus, Goytacazes, e nós vamos agir de imediato e conduzir essa pessoa para a delegacia”, finaliza.
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