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Carla Machado é a única petista a apoiar soltura de Bacellar

Voto de Carla Machado chama atenção em sessão que revogou prisão de Bacellar

Polícia
Por Leonardo Pedrosa
8 de dezembro de 2025 - 18h36
Foto: Divulgação

A posição da deputada estadual Carla Machado (PT) chamou atenção na sessão desta segunda-feira (8) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A ex-prefeita de São João da Barra foi a única da bancada petista a votar a favor da revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). O voto contrariou a orientação oficial do PT, que havia decidido se posicionar pela manutenção da prisão. No partido, foram cinco votos “não” e apenas o dela a favor da soltura.

Carla foi prefeita de SJB por quatro mandatos e mantém aliança política com Bacellar na região Norte Fluminense.

A votação terminou com ampla maioria pela revogação da prisão. Foram 42 votos “sim”, 21 “não” e duas abstenções. Três deputados faltaram e um está licenciado. Para derrubar a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, eram necessários 36 votos favoráveis. A maioria foi alcançada por volta das 16h50, em sessão que começou às 15h17.

Todos os parlamentares presentes do União Brasil votaram pela liberação dele. O mesmo ocorreu com PP, Solidariedade, Republicanos, PRD, Podemos, PMN, PMB, PDT, Avante e Agir. No PL, foram 14 votos pela soltura e três contra. O PSD se dividiu: dois votos “sim” e três “não”. Já PSOL, PSB e PCdoB votaram integralmente pela manutenção da prisão.

As abstenções ficaram por conta dos deputados Delegado Carlos Augusto (PL) e Rafael Picciani (MDB). Entre os ausentes estavam Dionísio Lins (PP), Felipe Soares (União Brasil), Cláudio Caiado (PSD), Vinicius Cozzolino (União Brasil) e o próprio Rodrigo Bacellar, preso desde o dia 3 de dezembro.

Antes do plenário decidir, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) havia aprovado o projeto por quatro votos a três. Bacellar foi preso na Operação Unha e Carne, acusado pela Polícia Federal de vazar informações sigilosas da Operação Zargun, a mesma que levou à prisão do então deputado TH Joias, investigado por tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro.

O primeiro passo é a elaboração do projeto de resolução aprovado pelos deputados e sua publicação no Diário Oficial da Alerj. Essa publicação marca o início da eficácia do ato e confirma formalmente a decisão do plenário. Em seguida, a Assembleia comunica o Supremo Tribunal Federal, já que o ministro Alexandre de Moraes é o responsável pela ordem de prisão e pela condução da investigação contra Bacellar.