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Rodrigo Cerqueira: há 22 anos devolvendo sorrisos

Dr. Rodrigo alia técnica, sensibilidade e espiritualidade para transformar sorrisos e histórias

Entrevista
Por Leonardo Pedrosa
10 de novembro de 2025 - 0h01
Foto: Arquivo Pessoal

Há 22 anos, o cirurgião-dentista Rodrigo Cerqueira dedica sua carreira à devolver sorrisos. À frente do Instituto Rodrigo Cerqueira, ele se tornou referência na região, especialmente nas áreas de implantodontia e estética. O que carrega como propósito é enxergar o paciente como um todo, unindo corpo, mente e espírito em um tratamento que, muitas vezes, ultrapassa o consultório.

Rodrigo, que iniciou a carreira atuando em ambiente hospitalar, percebeu que queria transformar vidas ajudando quem havia perdido a simples atitude de sorrir. Foi assim que nasceu o Instituto, onde ciência e sensibilidade caminham juntas.

Mais do que um centro de estética e saúde bucal, o Instituto é um espaço de transformação, tanto para pacientes quanto para novos profissionais. Com a IRC Academy, que funciona no Instituto, Rodrigo concretiza um antigo sonho: oferecer cursos de qualidade, evitando que dentistas precisem viajar em busca de especialização.

Neste bate-papo, o cirurgião-dentista fala sobre o início de sua trajetória, os momentos mais marcantes da carreira e o papel da odontologia na transformação de vidas. Ele também comenta sobre o impacto emocional dos atendimentos, o uso da tecnologia nos tratamentos e a importância de formar profissionais que cuidem não apenas de dentes, mas de pessoas.

Desde aquele início, há mais de 20 anos, o que mais mudou na sua forma de enxergar o poder do sorriso na vida das pessoas?
Percebo que o poder do sorriso vai muito além da estética. Ele tem a capacidade de transformar não apenas o rosto, mas a alma das pessoas. Hoje, entendo que um sorriso reabilitado devolve confiança, alegria e propósito de vida. Ver alguém voltar a sorrir com liberdade é, para mim, uma das maiores recompensas que a odontologia pode proporcionar. 
A Odontologia, assim como a Medicina, também salva vidas de formas diferentes. Teve algum momento da sua trajetória ou algum caso específico que o Sr. sentiu isso?
Já vivi momentos em que percebi claramente que a odontologia também salva vidas. Lembro de pacientes que chegaram com dor, depressão ou vergonha de si mesmos, e saíram com brilho nos olhos e vontade de viver novamente. A saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral e emocional, e restaurar um sorriso é, muitas vezes, restaurar a esperança. Minha missão é transformar a vida das pessoas através do sorriso.

Mesmo assim, o Sr. já se sentiu desvalorizado?
Sim, em alguns momentos no início da carreira, principalmente em hospitais,como todo profissional que acredita no que faz. Infelizmente, ainda há quem veja o dentista apenas como alguém que “conserta dentes”, sem compreender o impacto que temos na autoestima e na saúde integral. Mas acredito que nosso papel é continuar mostrando, com amor e excelência, que cuidamos de vidas e não apenas de bocas.

Em suas entrevistas recentes e redes sociais o Sr. comenta sobre equilíbrio entre corpo, mente e espiritualidade. Essa visão acaba influenciando na sua atuação com os pacientes?
Acredito que corpo, alma, mente, e espírito estão completamente conectados. Quando um paciente entra no consultório, não é só um sorriso que chega, é uma história. Eu e minha equipe procuramos  enxergar o ser humano de forma integral, e da forma que meu mentor Jesus Cristo ensinou, com amor. Isso muda completamente a forma como tratamos. Cuidar de um sorriso também é cuidar do emocional, e a fé me guia para exercer essa missão com amor e propósito.

Olhando para trás, o que mais te motivou a sair do ambiente hospitalar e criar um espaço voltado para reabilitar sorrisos?
Foi sentir que eu poderia ajudar as pessoas de uma forma mais ampla. No hospital, eu cuidava de casos complexos, muitas vezes ligados a traumas e tumores e isso também transforma vidas, mas é um ambiente muito difícil. Percebi que queria ir além: encantar, devolver autoestima, permitir que as pessoas voltassem a sorrir e se alimentar bem. Criar o Instituto foi a realização desse propósito: unir ciência, estética e amor em um espaço onde posso reabilitar sorrisos e, ao mesmo tempo, tocar corações. 
Certamente, muitas histórias de insegurança chegam ao Sr. Como lidar também com a parte emocional e depois ver a transformação acontecer?
Muitas pessoas chegam até mim carregando inseguranças, dores emocionais e até feridas espirituais. Lidar com isso é um desafio diário, mas também é o que dá sentido à minha missão. Cada sorriso reabilitado é mais do que um resultado estético, é uma cura interior. Durante os atendimentos, muitos pacientes acabam se tornando amigos, e mesmo após concluírem o tratamento, continuam voltando ao Instituto para conversar, desabafar e tomar um café. Esse ambiente de fé, empatia e conexão, que envolve toda a minha equipe, mostra que aqui não cuidamos apenas de dentes, mas de vidas e almas.

Hoje o Sr. também forma novos profissionais. Como tem sido?
Uma das experiências mais gratificantes da minha carreira. Acredito que transmitir conhecimento é multiplicar propósito. Procuro inspirar meus alunos a enxergarem a odontologia como uma missão, não apenas uma profissão. Ver cada um crescendo, construindo sua história e impactando vidas é algo que me enche de orgulho e gratidão.

Dados do Censo 2022 do IBGE mostram que a odontologia está na 15º colocação dos cursos com mais pessoas formadas no Brasil. Como o Sr. enxerga o interesse dos jovens na área?
Fico feliz em ver o interesse crescente dos jovens pela odontologia. É uma área apaixonante, que exige técnica, empatia e sensibilidade. O desafio é fazer com que as novas gerações compreendam que ser dentista é muito mais do que dominar procedimentos, é cuidar de pessoas. Quando há propósito e amor, a odontologia se torna uma forma de transformar o mundo.

O Sr. sempre fala sobre missão e propósito. Em que momento percebeu que o Instituto se tornaria algo maior do que uma clínica?
Quando entendi que ele se tornaria um instrumento de transformação. Hoje, o Instituto é uma casa de sorrisos, fé e recomeços. Cada história que passa por ali carrega um pedacinho da nossa missão: devolver alegria, autoestima e sentido à vida das pessoas. Acreditamos que podemos mudar a vida das pessoas através do sorriso.

Em sua opinião, em que ponto o mercado da área no Brasil ainda precisa evoluir? 
Em propósito e sensibilidade. Tenho percebido um movimento de empresas e profissionais que priorizam apenas o faturamento, deixando de lado a essência da odontologia, que é o cuidado com o ser humano. A verdadeira excelência está em equilibrar técnica e empatia, conhecimento e compaixão. Precisamos resgatar a paixão por transformar vidas e devolver autoestima, lembrando que por trás de cada sorriso existe uma história. A odontologia do futuro é feita com ética, propósito e amor, porque quando cuidamos com o coração, o resultado vai muito além da estética.