×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

MPRJ ajuíza ação para garantir condições mínimas de funcionamento dos Conselhos Tutelares de Campos

Ação cobra do município e da FMIJ acesso à internet, materiais básicos e mobiliário adequado; ausência de condições compromete a proteção de crianças

Campos
Por Redação
3 de setembro de 2025 - 18h02
Divulgação

A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou, nesta quarta-feira (03), ação civil pública de obrigação de fazer em face do município de Campos dos Goytacazes e da Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ), com o objetivo de assegurar condições básicas para o adequado funcionamento dos cinco Conselhos Tutelares da cidade.

Segundo o órgão, entre as irregularidades constatadas estão a falta de acesso à internet, ausência de produtos suficientes de limpeza e higiene para manutenção das instalações, carência de mobiliário básico como mesas, cadeiras e arquivos, além da inexistência de quantitativo mínimo de materiais de trabalho elementares, como papel e canetas para registro das atividades.

O MPRJ requereu, em caráter liminar, que o município restabeleça, em até 24 horas, o acesso à internet, providencie itens básicos de higiene e limpeza e forneça materiais indispensáveis ao registro das atividades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por Conselho afetado, a ser aplicada pessoalmente aos gestores públicos responsáveis em caso de descumprimento.

O órgão ainda pleiteia a Promotoria de Tutela Coletiva da Infância e Juventude que, no prazo de até dez dias, sejam disponibilizados os mobiliários necessários, como mesas, cadeiras e arquivos, de modo a garantir a mínima estrutura para a atuação dos conselheiros tutelares.

Ao final, o MPRJ ressalta que essas estruturas desempenham função essencial e inadiável na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, e que a ausência de condições mínimas de trabalho compromete diretamente a proteção dessa parcela da população, aniquilando como efeito em cascata a integração da rede de proteção às crianças e adolescentes. 

A Prefeitura Municipal de Campos informou que ainda não foi oficialmente intimado sobre a ação civil mencionada. “Assim que houver a notificação formal, o Município irá se pronunciar e tomar as medidas cabíveis”, disse em nota ao J3news.

Fonte: MPRJ