Vinícius Viana – Secretário Executivo do Cidennf – A cultura é mais do que entretenimento. Ela é memória, identidade e futuro. Nas cidades do Norte e Noroeste Fluminense, cada manifestação cultural carrega séculos de histórias, tradições e sentimentos de pertencimento. Valorizar a cultura é investir não apenas na preservação da identidade regional, mas também no desenvolvimento social e econômico das nossas comunidades.
Em qualquer lugar do mundo, onde a cultura é tratada como política pública estratégica, percebe-se um círculo virtuoso de benefícios: geração de empregos diretos e indiretos, fortalecimento do turismo, dinamização da economia local e aumento da autoestima da população. Aqui não é diferente. Quando os municípios investem em cultura, toda a cadeia produtiva é impactada positivamente, desde os artistas até o comércio que se movimenta em torno dos eventos.
Nesse contexto, a Lei Rouanet tem papel fundamental. Trata-se de um dos mais importantes mecanismos de fomento cultural do país, permitindo que empresas e cidadãos destinem parte dos seus impostos a projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura. Graças a ela, inúmeras iniciativas saíram do papel e ajudaram a interiorizar a cultura, democratizando o acesso e descentralizando investimentos que antes ficavam restritos aos grandes centros urbanos.
Com a visão de que a cultura é um vetor de desenvolvimento, cabe destacar uma das ações que o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense – Cidennf vem implementando: o Cidennf Cultural, um projeto que leva cinema itinerante e apresentações culturais para os municípios consorciados. Mais do que oferecer entretenimento gratuito, o projeto cria oportunidades para que crianças, jovens e adultos tenham contato com diferentes expressões artísticas, ampliem horizontes e se reconheçam como parte de uma identidade coletiva.
Outras iniciativas também tem impacto significativamente a região, como é o caso do I Festival Internacional Goitacá de Cinema, realizado pela Quiprocó Filmes e oportunizado, também, pela Lei Rounaet. O festival contou com mais de 750 filmes inscritos em 5 diferentes mostras temáticas, além de oficinas, seminários, passeios turísticos, entre outras atividades, com ativação em vários municípios da região. Essas iniciativas que colocam o Norte e Noroeste Fluminense no mapa cultural do Brasil e do mundo.
Cada exibição de cinema em praça pública, cada apresentação cultural nas comunidades e cada iniciativa de apoio a festivais e mostras representam sementes plantadas. São sementes de pertencimento, de inclusão e de desenvolvimento que fortalecem a identidade coletiva e impulsionam o crescimento social e econômico. Quando a cultura alcança todos os cidadãos, toda a região se torna mais forte, integrada e preparada para os desafios do futuro.
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