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35 proprietários foram autuados em operação para coibir ocupações irregulares na Lagoa de Cima

Local tem sido alvo de denúncia nos últimos anos

Meio Ambiente
Por Redação
13 de agosto de 2025 - 9h55
Divulgação INEA

Na terça-feira (12), uma operação realizou ações de fiscalização em mais de 50 imóveis localizados na Lagoa de Cima, em Campos. A força-tarefa reuniu Marinha do Brasil, nidade de Polícia Ambienta (UPAm), e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), com foco no combate a ocupações irregulares e na preservação da área de proteção ambiental.

Desencadeada a pedido do Ministério Público Estadual, a ação teve caráter supletivo, já que a competência e responsabilidade direta pela fiscalização, autorização e eventual remoção das intervenções é do Município de Campos, segundo o Inea. O órgão atuou de forma complementar, apoiando a identificação das irregularidades e a preservação ambiental da região.

A demarcação da Faixa Marginal de Proteção (FMP), competência do Inea, foi peça central para a fiscalização. Ao todo, 35 proprietários das construções foram autuados, com base na Lei Estadual nº 3.467/2000, e notificados a se regularizarem junto à administração municipal, ente responsável pela emissão desse documento. Os técnicos realizaram a retirada do cercamento em FMP da área.

“O nosso objetivo é garantir que as intervenções ocorram dentro da legalidade, preservando o meio ambiente e respeitando as competências institucionais”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

“A atuação supletiva do Inea visa assegurar que a Lagoa de Cima seja protegida para as futuras gerações”, completou o superintendente Regional Baixo Paraíba do Sul do Inea, Leonardo Barreto.

Fechamento de acessos tem gerado críticas

Nos últimos anos, o J3News tem acompanhado relatos de frequentadores do balneário, que denunciam o fechamento de acessos à lagoa, promovido por moradores que afirmam ser proprietários dos terrenos. Fotos e vídeos divulgados nas redes sociais geraram indignação na população, que reivindica o livre acesso aos pontos historicamente utilizados por banhistas. Veja aqui e aqui.

Em junho, o Inea havia informado que o processo para demarcação da Faixa estava na fase final de trâmites junto às instâncias superiores. A proposta técnica prevê a delimitação de uma faixa de 100 metros no entorno do Plano de Alinhamento de Orla (PAO) da Lagoa de Cima, considerando aspectos ambientais e exigências legais.

Embora a medida fortaleça a atuação contra construções irregulares, o Inea ressaltou à época que a finalidade principal é garantir a preservação dos recursos hídricos e da vegetação nativa, assegurando a integridade ecológica da lagoa e de suas margens.

A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Segurança e Ordem Pública e Defesa Civil, já havia realizado, em julho, uma ação de notificação de quiosques e edificações instalados irregularmente na área de preservação. Na ocasião, fiscais encontraram obras em andamento sem autorização, ligações elétricas clandestinas e chuveiros improvisados para uso público, oferecendo risco iminente à vida.

Marinha reforça necessidade de denúncia

Em nota, a Marinha do Brasil informou que, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, a Agência da Capitania dos Portos em São João da Barra (AgSJBarra) recebeu uma solicitação de apoio de embarcação pelo INEA. A Marinha realizou o deslocamento dos agentes do órgão nas áreas de difícil acesso, contribuindo para a execução das ações de fiscalização ambiental pelo Instituto. Ressaltou ainda que incentiva e considera importante a participação da sociedade efetuando denúncias que podem ser feitas pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN, para outros assuntos, inclusive denúncias) e (22) 2741-4807 (diretamente com a AgSJBarra).

Com informações do INEA.