O atendimento a estudantes com necessidades educacionais especiais na rede municipal de Campos é coordenado pela Coordenação de Educação Especial Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia. A iniciativa é regulamentada pela lei nº 9.145, sancionada em 5 de maio de 2022, que institui a Política Municipal de Atendimento para Educação Especial Inclusiva, garantindo acesso, permanência, participação plena e aprendizagem a bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades ou superdotação.
Atualmente, cerca de 1.100 alunos da rede possuem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, segundo a secretária de Educação, Tânia Alberto, não há registros oficiais de estudantes com altas habilidades no município, de acordo com o censo escolar de 2024. “Seguindo a estimativa da OMS, deveríamos ter ao menos 1.620 alunos nessas condições, considerando 3% do total de 54 mil matriculados. A Seduct vem ampliando as ações para identificar esses talentos, tanto acadêmicos quanto nas áreas artística, esportiva e de liderança, em parceria com universidades”, disse.
Com esse objetivo, será desenvolvido o “Projeto de Identificação de Talentos em Alunos da Rede Municipal de Ensino”, que vai formar grupos e planejar projetos de estímulo ao potencial dos estudantes nas áreas com as quais se identifiquem. Entre as ações previstas estão a formação de professores para auxiliar no diagnóstico inicial, observação de alunos a partir dos 7 anos, atividades que favoreçam a diversidade de experiências e uso das Vilas Olímpicas para práticas esportivas, artísticas e tecnológicas.
Outra novidade será a implantação da Escola Municipal de Expressão Artística e Cultural, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop), integrada ao Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE). A unidade atenderá estudantes do 6º ao 9º ano, com ensino integral e oficinas extracurriculares de arte, cultura e empreendedorismo.
O prédio será dividido em dois blocos: um para o ensino regular, com salas de aula, leitura e laboratório de tecnologia; e outro para produção artística, com salas de dança, música, audiovisual e multiuso. Haverá ainda refeitório, auditório com sala de cinema, estúdios, espaços maker, área de convivência e ambiente externo para vivências ao ar livre. A proposta pedagógica será conduzida por professores de Artes e profissionais da Animação Cultural, com carga horária de 30 horas semanais mais 5 horas para atividades extracurriculares.
Fonte: Secom/PMCG