Tema da reportagem especial publicada na edição do último domingo (8), a crise hídrica no Baixo Paraíba do Sul tem gerado preocupação em municípios da região. No mais recente boletim, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) voltou a destacar os impactos da estiagem e a necessidade de reforçar o monitoramento das condições do rio.
De acordo com o Inea, a região do Baixo Paraíba é “especialmente afetada por estiagens”, sobretudo no período de abril a setembro. Nesse período, “a expectativa de baixos índices pluviométricos pode provocar uma redução significativa nos níveis dos rios, impactando diretamente os múltiplos usos da água na região”, afirma o instituto.
Apesar do recuo da seca em algumas áreas do estado em abril, impulsionado pelas chuvas, o Monitor de Secas do Inea aponta que o extremo norte fluminense ainda concentra impactos de curto prazo, principalmente na agricultura e no abastecimento.
O Inea lembra que mantém um acompanhamento da situação hídrica e publica mensalmente o Boletim de Segurança Hídrica, com diagnóstico do mês anterior e prognóstico para os 30 dias seguintes. Essas informações subsidiam decisões e ações para mitigar os efeitos da seca nos municípios.
Enquanto isso, os dados mais recentes do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) indicam que o nível do rio segue cerca de um metro abaixo da cota mínima: 4,80 metros, quando o ideal seria 5,5 metros.
A baixa vazão já compromete a captação de água e o abastecimento da malha de canais em Campos. O Inea reforça que continuará intensificando o monitoramento da segurança hídrica no estado, com foco no alerta e no apoio às medidas preventivas.
LEIA TAMBÉM