O MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, preso na manhã desta quinta-feira (29) por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas, ganhou notoriedade no cenário do funk do Rio de Janeiro no fim da década de 2010.
Quando era adolescente, chegou a trabalhar para o tráfico de drogas na comunidade do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Ao programa Profissão Repórter de outubro do ano passado, ele disse que busca passar para os jovens que o crime não oferece futuro.
“Já troquei tiro, fui baleado e preso também. E eu pensei: vou querer ficar nessa vida aqui ou viver uma vida tranquila? Então, eu foquei em viver uma vida tranquila, batalhei e hoje em dia eu passo isso para a molecada: o crime não leva a lugar nenhum”, disse Poze.
Operação Rifa Limpa
Poze e a esposa, Vivi Noronha, foram alvos da Operação Rifa Limpa, em novembro de 2024. À época, a Polícia Civil cumpriu dez mandados de busca e apreensão contra influenciadores digitais que seriam responsáveis por um esquema ilegal de sorteios de rifas pelas redes sociais.
Na residência do casal foram apreendidos carros de luxo e joias, inclusive as correntes de ouro usadas pelo funkeiro. O artista recuperou os bens em abril.
Prisão em Mato Grosso
Poze do Rodo foi preso em 2019, durante um baile funk na cidade de Sorriso, em Mato Grosso. À época, segundo a polícia, ele foi detido por tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e fornecer bebida alcoólica a menores.
Uma operação foi montada após a polícia receber uma denúncia de que o local era ponto de venda de drogas e que havia adolescentes consumindo entorpecentes e bebidas alcoólicas. Segundo a Polícia Militar, o MC e os outros três presos seriam os promotores da festa, que teria sido promovida por uma organização criminosa.
“Ele foi contratado para participar do evento. Ele não cometeu nenhum desses fatos, não fez apologia a nenhum crime, não corrompeu menores e, uma vez que não era organizador do evento, não colocou à venda bebida para menores”, afirmou José Estevem Macedo Lima, advogado do MC no caso.
Com informações do G1 e UOL.