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Prefeito Wladimir Garotinho sobe tom contra DER e critica andamento das obras na Estrada dos Ceramistas

Na próxima segunda, carretas e caminhões pesados não poderão mais circular pela área urbana de Campos

Geral
Por Redação
28 de maio de 2025 - 13h35
Foto: Josh

A novela da Estrada dos Ceramistas, em Campos, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (29). Em publicação nas redes sociais, o Prefeito Wladimir Garotinho subiu o tom e fez duras críticas à condução das obras pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ). Veja.

Interditada inicialmente em dezembro de 2022, a estrada foi liberada em março de 2023, mas voltou a ser bloqueada em novembro do mesmo. A previsão inicial era de que os serviços fossem concluídos em março de 2024, mas os trabalhos foram suspensos apenas um mês após o início e só retornaram, de forma limitada, em agosto de 2024.

A partir da próxima segunda-feira (2), carretas e caminhões pesados não poderão mais circular pela área urbana de Campos, como forma de pressão ao DER. “Mais uma vez venho aqui falar sobre a obra da Estrada dos Ceramistas, obra essa que está se arrastando há bastante tempo. Foi feito um acordo por escrito entre a Prefeitura e o DER, com prazos e medidas para aliviar o trânsito de carretas pesadas, mas o DER mais uma vez não cumpre com o acordado”, afirmou o prefeito.

Segundo ele, além da retomada lenta dos serviços, o DER não cumpriu o compromisso de reparar o pavimento urbano da cidade, que vem sendo danificado com o aumento da circulação de veículos pesados.

A ausência do sistema de “pare e siga” também foi criticada: “Todas as obras de pavimentação do Brasil trabalham com sistema pare e siga, e misteriosamente a Estrada dos Ceramistas não pode trabalhar assim. Está me parecendo proposital enrolar a obra, colocar as carretas pesadas para atrapalhar o trânsito urbano da cidade, danificar e quebrar o pavimento urbano para deixar a cidade toda quebrada”, disparou.

Na última semana, o J3News abordou o surgimento de um complicador com a estrutura do solo, há um mês da inauguração prometida pelo DER em março.

A parte mais crítica das obras está concentrada na extensão da via em direção à Estrada do Carvão. A reportagem apurou no local que o serviço de sondagem do DER-RJ constatou que o solo está impróprio. O DER-RJ informou que técnicos do órgão estadual identificaram um trecho com solo mole e analisam a técnica que será usada na pavimentação do local, bem como os ajustes que deverão ser acrescidos ao projeto. Nesta parte, a estrada segue bloqueada.

Durante a visita às obras, a equipe do J3 apurou também que o trecho passa por trabalhos de tratamento sobre o BGTC (base de brita graduada tratada com cimento). Como informou o DER-RJ anteriormente, o material requer um tempo de cura adequado para atingir a resistência à compressão projetada. Neste sentido, uma equipe também atua na impermeabilização do piso que ficará abaixo do asfalto após a reconstrução. Segundo o DER, trata-se de um processo necessário para a proteção da superfície do asfalto contra a água e a umidade, prolongando sua vida útil e evitando danos, como buracos e fissuras.