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CPI da Enel ouve familiares de vítimas de cabos elétricos

"Foi uma tragédia anunciada", diz a advogada da família de Carlos Eduardo, vítima de tragédia no Parque Bela Vista, no início de maio

Campos
Por Nelson Nuffer (Estagiário)
27 de maio de 2025 - 19h08

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instituída para apurar as responsabilidades da Enel na administração dos serviços de energia elétrica em Campos segue na Câmara Municipal. Nesta terça-feira (27), foram convidados os familiares de Carlos Eduardo Muniz Ribeiro, de 36 anos, e Rodrigo da Silva Rodrigues, de 25 anos, que morreram no dia 8 de maio vítimas de um cabo de alta tensão que se rompeu no Parque Bela Vista, em Guarus, no dia 8 de maio.

Foto: Josh

Verônica Ribeiro Almeida, irmã de Carlos Eduardo, relata que o principal suporte, até então, veio por iniciativa da Prefeitura de Campos. “O prefeito quis, de fato oferecer o que a gente precisasse, mas no caso da minha família, a necessidade era de auxílio jurídico, e então consegui conhecer dois advogados particulares, que estão nos auxiliando nessa causa da minha mãe e da minha família, pelo meu irmão”, conta.

Verônica afirma que após queixas públicas, a concessionária começou a oferecer o suporte adequado. “Enel, agora sim, realmente está dando suporte dela, e tudo está passando pela advogada da gente. No começo, nós tínhamos contato com a assistente social, mas a gente que sofre tem que estar se guardando. Tem as pessoas capacitadas para isso e eles estão fazendo o papel deles”, afirma.

A advogada Danielle Campos, que representa a família de Carlos Eduardo, critica a postura da Enel e detalha o andamento da investigação. “Hoje vim acompanhar a família e ainda não temos acesso à documentação interna da CPI. Só teremos um parecer público no final dos trabalhos. Quanto ao apoio da família, solicitamos à Enel atendimento médico e psicológico, o que foi concedido, mas a gente sabe que é uma dor irreparável”, pontua.

Danielle frisou que o acidente poderia ter sido evitado se a concessionária tivesse atenta à manutenção de seus serviços. “Infelizmente, foi uma tragédia anunciada. Por onde a gente olha nas ruas, vemos problemas, e a Enel não vem cumprindo a sua efetiva responsabilidade. Infelizmente foram dois jovens, e poderia ter sido pior, porque aconteceu essa fatalidade em frente à uma creche, onde várias crianças passam por ali a todo momento. Esses dois jovens tiveram suas vidas ceifadas e a família está com essa dor irreparável, que não vai ter indenização que traga a vida desses jovens de volta e muito menos reparar a dor dessa família”, finaliza.

A redação do J3News solicitou uma nota a Enel Distribuição Rio e aguarda posicionamento.