Durante duas semanas, o Grupo IMNE realiza uma campanha de conscientização sobre a importância da higienização das mãos, voltada não apenas para seus colaboradores, mas também para a comunidade externa. A iniciativa é coordenada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e inclui treinamentos e ações educativas.
Nos dias 5, 6 e 8, são oferecidos treinamentos em dois turnos para os profissionais da instituição. Os encontros abordam técnicas corretas de higienização, sua relevância na prevenção de infecções e na redução da transmissão cruzada, além de orientar sobre quando e como realizar o procedimento corretamente. “São questões imprescindíveis que precisamos colocar em prática”, explica a enfermeira Roberta Lastorina, responsável pelo SCIH.
No dia 13, será a vez da comunidade externa participar da campanha. Às 14h, em frente ao hospital, será promovida uma ação prática de higienização das mãos, seguida de um coffee break. “Essa é uma forma de reforçar a adesão à prática e também de levar educação permanente para além dos nossos muros”, destacou Roberta.
Questionada sobre o impacto da pandemia na rotina de higiene, a enfermeira avalia que o hábito se manteve, sobretudo entre pessoas com comorbidades. “Esses grupos fortaleceram ainda mais o cuidado com a higienização. Mas tudo aquilo que deixa de ser incentivado tende a perder adesão. Por isso, campanhas como essa são tão importantes”, afirmou.
Segundo Roberta Lastorina, no ambiente hospitalar, o incentivo à higienização das mãos é constante. Além das campanhas periódicas, a equipe do SCIH realiza ações diárias que buscam reforçar a visibilidade dos pontos de higienização e conscientizar profissionais e pacientes sobre os riscos da contaminação cruzada.
De baixo custo e alto impacto, a prática reduz indicadores de infecção, garante segurança para o paciente e fortalece a cultura de boas práticas na instituição. “Ela agrega valor à assistência e é um dos pilares da segurança hospitalar. Por isso que nós temos que utilizar água e sabão, água corrente, para que resíduos de matéria orgânica vão embora e realmente deixem a nossa mão limpa. Quando nós trabalhamos com pacientes que têm germes multirresistentes, a gente ainda associa à lavagem das mãos soluções antissépticas como um cuidado a mais, tanto com a equipe quanto com os outros pacientes”, ressalta a enfermeira.
Roberta Lastorina lembra que tanto a higienização com água e sabão quanto o uso de álcool 70% são eficazes, mas que o álcool não substitui totalmente a lavagem tradicional. “A cada três vezes com álcool, a quarta deve ser com água e sabão. O álcool dessatura a parede de bactérias e vírus, mas a matéria orgânica ainda permanece nas mãos”, explicou. Em situações que envolvem germes multirresistentes, a lavagem das mãos é reforçada com soluções antissépticas. “É um cuidado a mais com a equipe e com os todos os pacientes”, completou.
A enfermeira do SCIH do Grupo IMNE complementa: “A higienização das mãos, na verdade, ela não é um ato somente de adesão do profissional de saúde. Tem que ser de toda a sociedade. Se a gente cria essa cultura, a gente auxilia a cultura de segurança para o paciente para uma comunidade mais saudável. A maior parte de muitas infecções, principalmente infecções infantis, elas estão relacionadas a contaminações orais e que a gente poderia estar minimizando, mitigando mais esses casos por meio de uma boa qualidade de higienização das mãos, não só internamente, mas também na sociedade. Vale a pena a gente voltar a fortalecer essa cultura, não só enquanto equipe multidisciplinar, mas enquanto sociedade”, conclui.