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Conclave no Vaticano definirá novo papa: favoritos vêm da Europa, EUA e Brasil

Sucessão de Francisco mobiliza 133 cardeais e revela disputa entre alas progressista e conservadora da Igreja Católica

Religião
Por Redação
5 de maio de 2025 - 10h04

Praça São Pedro, no Vaticano (Reprodução Vatican News)

A partir desta quarta-feira (7), o mundo católico volta os olhos para o Vaticano, onde começa o conclave que elegerá o novo papa, após a morte de Francisco, ocorrida no último dia 21 de abril. Durante o período de Sé Vacante — quando a Igreja está sem líder —, cresce a expectativa em torno da escolha do pontífice que poderá redefinir os rumos da instituição nos próximos anos. Serão 133 cardeais com menos de 80 anos, aptos a votar. Entre os nomes mais mencionados, destacam-se representantes da França, Hungria, Malta, Espanha, Itália, Estados Unidos e Brasil.

O cardeal francês Jean-Marc Aveline, de 66 anos, arcebispo de Marselha, é visto como um nome de continuidade ao legado de Francisco. Simples, carismático e com histórico de defesa dos imigrantes, é admirado por sua postura próxima dos ideais de inclusão e diálogo. Já o húngaro Péter Erdő, de 72 anos, se destaca por seu perfil mais conservador e forte presença teológica, embora tenha moderado discursos ao longo do tempo.

Também na lista está o maltês Mario Grech, de 68 anos, secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Inicialmente conservador, tornou-se um defensor das reformas de Francisco e da aproximação com pessoas LGBTQIA+. O espanhol Juan Jose Omella, de 79 anos, é outro que agrada aos setores sociais da Igreja: missionário na juventude e envolvido em causas humanitárias, é conhecido por seu estilo humilde e pastoral.

Na ala diplomática e institucional, o italiano Pietro Parolin, de 70 anos, é visto como um dos favoritos. Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, tem experiência sólida em negociações internacionais e é considerado um homem de equilíbrio entre as correntes da Igreja.

Do continente americano, surge o nome do brasileiro Dom Sérgio da Rocha, de 64 anos, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. Elevado a cardeal por Francisco em 2016, Dom Sérgio é respeitado por sua formação teológica, sensibilidade pastoral e por manter uma postura conciliadora entre diferentes visões dentro da Igreja. Sua presença reforça a possibilidade de um papa latino-americano continuar na liderança global do catolicismo.

O conclave não apenas elegerá um novo papa, mas sinalizará que tipo de Igreja se deseja construir: mais aberta e socialmente engajada, como propôs Francisco, ou mais voltada à tradição e à doutrina. Em meio a um mundo em transformação, a escolha do novo pontífice terá impactos profundos — não só entre os fiéis, mas também no cenário geopolítico e cultural mundial.

Com informações do G1