O município de Campos dos Goytacazes, por meio da Secretaria Municipal de Petróleo, Energia e Inovação e da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo da Bacia de Campos (Ompetro), marcou presença no seminário “A Força do Petróleo do Rio de Janeiro – Um Gigante Energético”, promovido na quinta-feira (10) pela Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar). O encontro reuniu autoridades políticas, especialistas e representantes do setor produtivo para discutir os rumos da cadeia de óleo, gás e os desafios da transição energética no Brasil.
O deputado federal Júlio Lopes destacou a importância estratégica de Campos na produção de petróleo e cobrou um tratamento mais justo por parte da União. “Campos é uma das grandes produtoras de petróleo do estado do Rio de Janeiro. A Ompetro precisa levar sua voz aos debates nacionais. Não é razoável o tratamento federativo dado ao nosso estado. Campos tem força e liderança com o prefeito Wladimir, e juntos vamos reivindicar que o Brasil mude sua postura e preserve os royalties”, afirmou.
Também presente no seminário, o deputado federal Eduardo Pazuello, presidente da Frente Parlamentar do Petróleo, Gás e Energia, enfatizou o papel de Campos na logística e na localização estratégica do setor. “Campos é base. Pela proximidade com o Porto do Açu, tem potencial de alavancar o desenvolvimento da produção. O que falta é planejamento da Petrobras. É preciso reconhecer a importância geográfica de Campos para os investimentos que virão”, disse.
Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), projetou um cenário promissor para os próximos anos. “Nos próximos 10 anos, a indústria do petróleo deve gerar cerca de 400 mil empregos, todos com alta qualificação técnica. O IBP tem uma universidade corporativa com mais de 400 cursos e está oferecendo essa estrutura ao Estado e aos municípios para formar essa nova geração de profissionais”.
A diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, apresentou números robustos do planejamento da estatal para a Bacia de Campos. “De 2025 a 2029, estão previstos US$ 22 bilhões em investimentos, incluindo novas plataformas e 120 novos poços. Temos um projeto resiliente, com retorno mesmo em cenários de preço do petróleo mais baixos. Isso representa cerca de R$ 70 bilhões em participações governamentais nos próximos cinco anos”, detalhou.
A Ompetro participou ativamente do seminário com o secretário executivo Marcelo Neves, que também é secretário municipal de Petróleo, Energia e Inovação de Campos, atuando como moderador no painel “Panorama de Royalties e Participações Governamentais”, com representantes da PPSA, Ministério de Minas e Energia, ANP e do setor jurídico.
“O seminário é um marco, pois evidencia o papel estratégico do Rio de Janeiro na geopolítica energética mundial. É essencial que os municípios produtores participem do debate sobre o futuro do petróleo, do gás e da transição energética”, afirmou Neves.
Ele ressaltou ainda a visão do prefeito Wladimir Garotinho, também presidente da Ompetro: “Para Wladimir, o petróleo e o gás são motores do desenvolvimento regional e social. A transição energética precisa ser feita com justiça e responsabilidade, preservando empregos, atraindo investimentos e garantindo os direitos dos municípios produtores.”
Fonte: Secom