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João Pedro Ferreira Filho: entre carros americanos e japoneses

Com oito concessionárias no Estado do Rio, Grupo Aspen é destaque no cenário nacional

Entrevista
Por Aloysio Balbi
24 de março de 2025 - 0h01
Foto: Arquivo Pessoal

Com uma concessionária da Chevrolet em Campos, o Grupo Aspen, embora operando exclusivamente no estado do Rio de Janeiro, é uma referência nacional na revenda de automóveis e também na área de seguros.

Nesta entrevista, o diretor-geral do grupo, João Pedro Ferreira Filho, que, juntamente com o irmão, comanda o negócio criado pelo seu pai, o empresário Ferreirinha, fala sobre a responsabilidade de avançar no projeto concebido pelo patriarca.

Além da GM, que é a maior referência da indústria automobilística dos Estados Unidos, o Grupo Aspen também tem concessionárias da japonesa Nissan, que conquista cada vez mais mercado.

Com um total de oito concessionárias de alto padrão, sendo quatro da GM e quatro da Nissan, o Grupo Aspen tem um perfil operacional que o diferencia no mercado fluminense.

Vamos começar pelo DNA da indústria automotiva no mundo que é a GM, que está completando 100 anos. Como o Grupo Aspen lida com a responsabilidade de representar uma marca tão poderosa com quatro concessionárias no estado do Rio de Janeiro?
Representar a General Motors é uma honra e um grande desafio. Ao longo de 100 anos, a GM se consolidou como sinônimo de inovação, qualidade e adaptação às demandas do mercado — valores que norteiam as nossas quatro concessionárias no Rio de Janeiro. Nosso compromisso é traduzir esse legado em experiências tangíveis para os nossos clientes, aliando a tradição da GM às tecnologias emergentes. Investimos em capacitação técnica, infraestrutura moderna e relacionamento transparente, garantindo que cada cliente perceba a força de uma marca que moldou a indústria automobilística.

O fundador do Grupo Aspen, Sr. Ferreira, que já é saudade, optou por montar uma concessionária da GM em Campos, no interior do Rio. Foi uma decisão acertada?
Sem dúvida, a decisão do Sr. Ferreira foi visionária. Na época, o interior do Rio de Janeiro carecia de opções robustas de mobilidade, e o Sr. Ferreira identificou o enorme potencial de crescimento da região. Campos, como polo econômico do Norte Fluminense, demandava acesso a veículos de qualidade e serviços pós-venda confiáveis. A Aspen preencheu essa lacuna e se consolidou como referência em atendimento, gerando empregos e fortalecendo a economia local. O legado do Sr. Ferreira mostra como investir no interior, com foco nas pessoas, gera resultados duradouros.

GM é norte-americana, mas o Grupo Aspen também representa no Rio a Nissan, que é japonesa. Como lidar com isso no segundo maior mercado consumidor do país, que é o Rio?
Gerir duas marcas com origens distintas exige equilíbrio. A GM, com seu DNA americano focado em potência e tradição, complementa a Nissan, que traz a eficiência e a inovação japonesas. O Rio de Janeiro, como o segundo maior mercado do Brasil, apresenta perfis diversos de consumidores, desde famílias que buscam robustez até jovens conectados à tecnologia. A nossa estratégia é personalizar abordagens para atender a esses perfis, destacando os atributos de cada marca, sem conflitos. Treinamos nossas equipes para entender as particularidades de cada uma, garantindo que o cliente tenha opções claras e vantajosas, independentemente da escolha.

Em um total de oito concessionárias, sendo quatro da Chevrolet e quatro da Nissan, existe alguma estratégia de expansão do Grupo Aspen?
Sim, nossa estratégia de crescimento é orientada pela sustentabilidade e pela análise criteriosa de oportunidades. Estamos expandindo não apenas geograficamente, com a adição de novas regiões, mas também diversificando os nossos serviços e parcerias. Recentemente, iniciamos a operação da Aspen Corretora, ampliando nossa atuação no segmento de seguros, e estamos estruturando nosso próprio consórcio. Além disso, inauguramos uma revenda multimarca em Nova Friburgo, reforçando nossa presença em mercados estratégicos. Cada passo é dado com o foco na solidez, garantindo a sinergia entre as operações e as demandas reais dos nossos clientes.

Na visão do Grupo Aspen, o que se pode esperar para o futuro em se tratando de automóveis das marcas que representam no Brasil?
O futuro será marcado pela transição energética e pela conectividade. Tanto a GM quanto a Nissan estão comprometidas com o desenvolvimento de tecnologias mais limpas, como híbridos e elétricos. Nosso papel será preparar o mercado para essa evolução, sem desconsiderar a relevância dos motores a combustão, especialmente em um país com infraestrutura ainda em adaptação. Acreditamos em uma transição gradual, onde a educação do consumidor e os investimentos em infraestrutura serão fundamentais. Nosso foco será oferecer opções que atendam às necessidades do mercado brasileiro, equilibrando inovação e acessibilidade.

Hoje fala-se muito no híbrido e no elétrico, mas o mercado continua apostando nos carros a combustão. Qual a avaliação da Aspen sobre isso?
Apesar dos avanços no mercado de veículos elétricos, os motores a combustão ainda dominam, especialmente em regiões com infraestrutura de recarga limitada. Enquanto a rede de recarga não for totalmente massificada no Brasil, os veículos híbridos e flex continuarão sendo uma solução essencial. A Aspen vê isso como uma oportunidade para oferecer soluções equilibradas, reforçando a eficiência dos modelos tradicionais e introduzindo gradualmente as opções elétricas. A transição é inevitável, mas precisa ser realista e adaptada às particularidades do mercado local.

O Grupo Aspen, que tem seus negócios centrados em concessionárias, também opera em outras áreas, diversificando o perfil empresarial. Podem falar sobre isso?
Sim, além das nossas oito concessionárias, estamos diversificando nosso portfólio para atender melhor o mercado. Em Nova Friburgo, por exemplo, operamos uma revenda multimarca de seminovos, oferecendo mais opções de veículos para quem busca variedade e custo-benefício. No final de 2023, inauguramos a Aspen Corretora, focada em seguros automotivos, e estamos lançando uma operação de consórcio. Isso nos permite oferecer um ecossistema completo para os nossos clientes, que vão desde a compra até a proteção do veículo.

Sempre soubemos que vender carros é uma arte. Como o Grupo Aspen prepara seus colaboradores?
Nossos colaboradores são capacitados por meio de programas de treinamento oferecidos pelas próprias montadoras, como a GM e a Nissan. Esses cursos incluem atualizações técnicas e comerciais, tanto online quanto presenciais. Além disso, valorizamos o aprendizado prático, com gerentes que atuam como mentores, transmitindo experiência diretamente aos vendedores no dia a dia. Acreditamos que a combinação entre a formação teórica e a prática no atendimento ao cliente garante que nossas equipes entreguem sempre a excelência esperada.

Vocês têm a percepção de que a indústria automobilística é a que melhor ilustra no mundo os avanços tecnológicos ou essa afirmação está errada?
A indústria automobilística, sem dúvida, é um dos setores mais avançados em termos tecnológicos. Ela está na vanguarda em termos de inovação, incorporando desde inteligência artificial até novos materiais sustentáveis e soluções de eficiência energética. O impacto dessas inovações não se limita apenas aos veículos, mas também influencia setores como logística e mobilidade urbana. A indústria automotiva continuará sendo líder no progresso tecnológico, moldando diretamente o cotidiano das pessoas.

Para fechar, qual o diferencial do Grupo Aspen para ser um dos líderes de vendas em um mercado tão competitivo, no que se refere às duas marcas que representa?
Nosso grande diferencial está no atendimento humanizado e integral ao cliente, desde o primeiro contato até o pós-venda. Cada colaborador é treinado para garantir eficiência, transparência e excelência em todas as etapas da jornada do cliente. Valorizamos a agilidade na resolução de demandas e a clareza nas informações. Sabemos que a confiança é construída por meio de gestos concretos e é isso que nos posiciona como líderes: a capacidade de transformar expectativas em experiências positivas e duradouras.