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Mercado imobiliário busca retomada

Construção civil tem movimento reaquecido

Economia
Por Leonardo Pedrosa
23 de fevereiro de 2025 - 0h03
Crescimento|Construção civil foi o segundo setor que mais gerou empregos em 2024 (Fotos: Divulgação)

O setor imobiliário de Campos dos Goytacazes demonstra sinais de reaquecimento desde 2024, acompanhando a tendência de crescimento observada em todo o país. Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança totalizaram R$ 186,7 bilhões no último ano, um aumento de 22,3% em relação a 2023, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O volume foi o segundo maior da história.Esse cenário também tem reflexos positivos em Campos, o que impulsiona setores como a construção civil e o comércio.

Para João Victtor Barcelos, diretor financeiro da Cerâmica Coqueiros, que atua há quase 35 anos na cidade, a tendência é mesmo de crescimento, apesar de desafios como a alta dos juros. “Mesmo com a perspectiva de aumento das taxas, esperamos um bom desempenho da categoria. O crescimento pode não ser tão expressivo quanto no período anterior, mas a demanda segue aquecida e os imóveis continuam se valorizando”, avalia.

Outro fator que impulsiona o mercado é o programa Minha Casa, Minha Vida. De janeiro a dezembro de 2024, foram contratadas 3,2 mil unidades habitacionais em Campos dos Goytacazes, reforçando o aquecimento do setor na região, incluindo também a construção civil. 

União|João Vicctor Barcelos e a diretoria da cerâmica

O impacto desse crescimento na economia local é evidente. O diretor afirma que a construção civil foi o segundo setor que mais gerou empregos no Estado do Rio de Janeiro em 2024 e, em Campos, tem sido um motor de desenvolvimento. “Sabemos que a construção aquecida repercute em diversos outros setores, como serviços, comércio e indústria. Dessa forma, percebemos que o comércio local está movimentado e aquecido com a chegada de novas escolas, restaurantes, clínicas e hospitais em nossa região”, destaca Barcelos.

Desafios e perspectivas para a construção civil
Apesar do cenário positivo, a alta dos juros impacta o setor, avalia o executivo: “Os juros elevados diminuem a capacidade produtiva e impactam a taxa de investimento do país. Os investidores tendem a construir menos, uma vez que o crédito de financiamento também diminui.” Mesmo assim, a demanda por materiais de construção segue em alta. “Percebemos o aumento da procura não só de blocos cerâmicos, mas também de argila ensacada, tijolos vazados e outros materiais de construção”, explica.

Para lidar com os desafios econômicos, a Cerâmica Coqueiros adotou estratégias como diversificação da linha de produção, redução de custos e aprimoramento da mão de obra. “O consumidor tem mudado suas exigências, e precisamos estar atentos para atendê-lo da melhor forma”, afirma Barcelos. A empresa também planeja expandir sua linha de produtos. “Estamos estudando novos itens que complementem o uso do bloco cerâmico, proporcionando mais praticidade e custo-benefício para o cliente. Estamos otimistas para 2025 e confiantes no crescimento do setor.”