O gerente de Desenvolvimento de Negócios Marcos Abreu e o gerente de Relacionamento com a Comunidade do Porto do Açu, Wanderson Souza, apresentaram na segunda-feira (10) na Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) , detalhamento de um complexo industrial voltado à produção de ferro-esponja (HBI) por meio de processos sustentáveis, o que significará uma revolução na siderurgia e em sua cadeia produtiva.
A reunião com o presidente da CDL, Fábio Paes e diretores da entidade – , José Francisco Rodrigues, Paulo Cesar Henriques, Norival Lima e Luiz Felipe Goulart – teve como objetivo mostrar o que está sendo chamado de “Hub de HBI” que consiste em um complexo industrial voltado à produção de ferro-esponja (HBI) por meio de processos sustentáveis. Foram apresentados os aspectos técnicos e operacionais do projeto. A proposta envolve uma parceria entre o Porto do Açu, investidores e clientes estratégicos. O projeto visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa na cadeia siderúrgica.
O Hub de HBI receberá pelotas de minério de ferro da Vale, que serão processadas com a utilização de um reator de redução direta, que opera com gás natural para remover o oxigênio dos aglomerados de minério. A escolha do gás natural destaca-se como etapa principal na otimização do processo industrial.
Em perspectiva futura, o HBI poderá ser convertido em hidrogênio verde, o que tem o potencial de eliminar as emissões de carbono associadas.
A aplicação do HBI em alto-fornos pode reduzir as emissões de gases em cerca de 25%, índice que reforça a importância do projeto para a sustentabilidade da siderurgia. Além disso, o empreendimento contribui para a atração de novas empresas ao complexo industrial e atua como âncora para viabilizar serviços logísticos, exemplificados pela EF 118 – ferrovia que ligará o Espírito Santo à Minas Gerais -.
A estratégia é fomentar o desenvolvimento industrial em âmbito nacional e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
Durante a reunião, foram analisados os impactos ambientais e socioeconômicos do empreendimento. Fábio Paes expressou satisfação em conhecer os detalhes do projeto inovador e ressaltou a importância da CDL como parceira do desenvolvimento regional. Destacou ainda o papel estratégico da CDL, integrante da Federação (FCDL) e da Confederação (CNDL) em Brasília, e se dispôs a auxiliar nas mobilizações necessárias para o avanço do projeto. Esse apoio institucional é considerado fundamental para o sucesso das iniciativas em pauta.
A análise dos processos indica a viabilidade tecnológica do reator de redução direta, e a integração de inovação. A utilização do gás natural, sendo o projeto, foi examinada sob uma perspectiva de sustentabilidade ambiental, e a possibilidade de conversão do HBI para hidrogênio verde ampliando os benefícios ambientais do projeto.
Fábio Paes disse que é nítido o potencial do empreendimento como diferencial competitivo, enquanto a sinergia entre as partes envolvidas fortalece a estrutura do complexo industrial.
“Essa interatividade entre a CDL e o Porto do Açu sempre foi considerada estratégica o desenvolvimento regional, e neste caso em particular o diálogo técnico é importante já que existe a convergência de interesses econômicos e ambientais”, disse Fábio Paes.
Da reunião também participou Tomaz Brentano, especialista de meio ambiente que presta assessoria ao projeto do Porto do Açu.