A partir desta edição, o J3News irá abordar temas relevantes para a população e que são destaque na campanha dos sete candidatos à Prefeitura de Campos. Para início da série de matérias, a abordagem está voltada ao transporte coletivo, um problema que há décadas gera questionamentos e reclamações em todo o município. Trata-se de uma das principais dores de cabeça dos governos municipais. Ao longo dos, o J3News fez inúmeras reportagens ouvindo a população sobre os problemas no transporte público local. Atraso, ônibus insuficientes em horários de pico e, principalmente, nos fins de semana e feriados, sempre foram pontos apontados pelos campistas, mas nunca solucionados.
Em outubro, os brasileiros voltam às urnas para escolher prefeitos e vereadores. Em Campos, Wladimir Garotinho (PP) tenta a reeleição, mas tem seis concorrentes: Alexandre Buchaul (Novo), Delegada Madeleine (União Brasil), Fabrício Lírio (Rede), Pastor Fernando Crespo (PRTB), Professor Jefferson (PT) e Raphael Thuin (PRD).
Wladimir Garotinho (PP):
Em reportagem do J3News publicada na edição impressa do dia 30 de junho, o governo municipal afirmou que prepara uma reformulação no transporte público para 2025. A previsão, reafirmada na última semana, é de que a frota seja renovada no primeiro semestre do ano que vem. Neste novo sistema, as vans serão tiradas de circulação e substituídas por micro-ônibus. Eles vão trafegar nos distritos de localidades, levando os usuários até as estações de integração, que já estão em construção em três pontos da cidade (Estação Norte, localizada no Parque Nova Canaã; Estação Sul, na Estrada do Araçá, em Ururaí; e Estação da Baixada, em Donana). A área central ficará apenas por conta dos ônibus. Os micro-ônibus serão operados pelos permissionários (hoje responsáveis pelas vans), fazendo essa transição, para trabalhar em conjunto com as concessionárias, que seguirão administrando os ônibus. “Em breve, teremos um transporte com novos ônibus e corredores BRS, sistema de bilhetagem e novas estações de integração”, enfatizou o prefeito.
Alexandre Buchaul (Novo):
“Nossa proposta passa por um mapeamento das malhas viárias do município, com o suporte técnico de georreferenciamento. O objetivo é redesenhar, aprimorar e expandir a rede de linhas do transporte coletivo, traçando projetos de integração que tornem o deslocamento mais eficiente. Outro direcionamento seria as formas de contratação dos veículos, dos serviços de bilhetagem, operacionalização de terminais, bem como a severa revisão dos contratos vigentes e subsídios atualmente empregados, corrigindo eventuais ineficiências ou irregularidades, preservando e garantindo a qualidade dos serviços oferecidos à população. A revitalização e melhoria das acomodações dos terminais, por exemplo, seriam priorizadas, para garantir a acessibilidade, o conforto e a segurança dos usuários.”
Professor Jefferson (PT):
“A municipalização do transporte público será imediata, seguida da criação da Empresa Pública de Transporte de Campos (EPT). Vamos garantir o programa ‘Vai de Graça’, com a implantação gradativa de uma política de passagem gratuita em todo o território do município e integrando o Transporte Alternativo (vans e micro-ônibus) ao sistema a ser operado pela EPT, com uma cota mensal em moeda social para cada veículo subsidiado. Atenção máxima com a mobilidade. Serão disponibilizados bicicletários e empréstimo de bicicletas e patinetes elétricos nos principais pontos dos distritos, em especial nos terminais de integração. Será criado o Plano Participativo de Mobilidade Urbana com a participação ativa da sociedade para definir políticas públicas de transporte público, trânsito, acessibilidade, ciclovias e ciclofaixas.”
Delegada Madeleine (União Brasil):
“É preciso reformular todo o sistema. Não há linhas circulares que integrem os bairros. Hoje, se o passageiro quiser sair do Eldorado para ir ao Parque Aldeia de ônibus, um trajeto de 3 km, ele vai demorar no mínimo três horas para realizar. Irei implantar o sistema tronco-alimentador na cidade, mas de uma maneira que funcione e dê dignidade aos passageiros. As vans irão alimentar esses terminais vindos de localidades mais distantes, e os passageiros irão pagar apenas uma única passagem com valor simples, independente de onde saírem. Não é justo que quem more em locais mais afastados tenha que pagar R$ 15 para vir até o Centro. Além de segregar essas pessoas, isso afeta diretamente a economia local. Há também a necessidade de equipar esses veículos com câmeras de segurança, contendo reconhecimento facial, para que todos os passageiros, em especial as mulheres, tenham mais segurança e confiem no serviço.”
Thuin (PRD):
“Defendo a implantação de 14 terminais, um em cada distrito. O tamanho de cada terminal será proporcional ao número de passageiros. O terminal central será no centro da cidade para fomentar a circulação de pessoas no comércio, resgatando o centro. Defendo também a reformulação das concessões, uma sendo intermunicipal, com os ônibus se deslocando em sentido ao terminal central. Outras menores, com modelo circular, interligando as microrregiões da cidade. A concessão intermunicipal será disputada por grandes empresas de transportes. Já as concessões circulares serão disputadas por blocos e fortalecendo empresas de menor porte e podendo utilizar vans e micro-ônibus para melhora da eficiência e custo-benefício.”
Fabrício Lírio (Rede):
“Acredito que a gente precisa fazer corredores de deslocamento rápido. Penso que o primeiro caminho que precisa ser defendido é que Campos tenha mais terminais de transbordo. Para fazer com que as vias de deslocamento rápido sejam feitas de terminais a terminais. E deles, a gente traria as vans só para deslocamentos de micropontos. Seria uma forma de ganhar agilidade e ter mais controle dos horários. Esse é o meu primeiro ponto de vista, visando o transporte de massa. Esse deslocamento entre terminais seria gratuito à população (subsidiado pelo município). E, para os pontos dentro dos bairros, utilizaria as vans, porque elas são dinâmicas. Nesse caso, teríamos a implantação de bilhete único, no valor de R$ 1,90. Seria preciso pensar também na ampliação dos terminais nestas regiões.”
Pastor Fernando Crespo (PRTB):
Não respondeu até o fechamento desta edição.