Uma confusão foi registrada, no início desta semana, envolvendo a assessora-chefe da Vigilância Sanitária em Campos, Vera Cardoso de Melo, e a proprietária de uma clínica veterinária, Marcelle Almeida, mais conhecida como Marcelle Pata.
Em um vídeo é possível ver que a equipe do órgão municipal tenta colar documentos interditando a clínica, quando a proprietária impede e empurra Vera Cardoso. O caso foi registrado na terça-feira (18), mas ganhou repercussão nesta quinta (18), quando o vídeo circulou em aplicativos de mensagem. A ocorrência foi registrada na 134ª DP (Centro), onde será investigado.
Vera Cardoso de Melo não se pronunciou sobre o caso. Em nota, a Prefeitura de Campos disse que “lamenta o ocorrido durante o trabalho de fiscalização realizado pela Vigilância Sanitária (VISA), na última terça-feira (16)”.
Segundo Marcelle, houve uma fiscalização de rotina, na qual ficaram estabelecidas algumas exigências a serem cumpridas, já que o local mudou recentemente o status de clínica veterinária para hospital veterinário. Também segundo ela, algumas dessas exigências do órgão municipal teriam apresentado divergência com determinações do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
“O CRMV fez uma visita técnica há cerca de 20 dias e estava tudo OK. Mas, para a Vigilância Sanitária, não estava. Sem falar que em toda visita técnica, quando há exigências a serem cumpridas, o órgão em questão dá prazo para que elas sejam providenciadas. E isso não aconteceu dessa vez. A Vigilância Sanitária interditou a clínica de vez sem dar qualquer prazo. Chegou na minha clínica falando que meus médicos veterinários matam todos os animais, ou seja, ofendendo. Mas estamos fazendo de tudo, junto ao nosso corpo jurídico, para que tudo possa ser resolvido o mais breve possível”, disse.
De acordo com a nota do CRMV, “durante uma fiscalização de praxe em um estabelecimento veterinário, quando a proprietária, em um ato de total desrespeito às normas sanitárias, não apenas dificultou a fiscalização, mas também agrediu a fiscal, empurrando-a e proferindo acusações infundadas, por fim, retirando à força os documentos de interdição do estabelecimento. Vale reforçar que a mesma empresária, anos atrás, agrediu um fiscal do CRMV-RJ que também estava exercendo a sua atividade laboral”.