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Ponto de memória de uma Campos próspera

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Opinião
Por Redação
9 de junho de 2024 - 7h00
Foto: Acervo Ronaldo Linhares

Construído em 1830 pelo comendador José Gomes da Fonseca Parahyba, o Hotel Gaspar, na Praça São Salvador, é um dos mais expressivos pontos de memórias de uma Campos que já foi próspera e rica, e que, com a força do seu açúcar, tinha voz ativa no cenário nacional.

O J3News, diante da confirmação de que o prédio, fechado há pouco mais de 10 anos, será reaberto para abrigar Secretarias Municipais, revisita a história do imponente palacete com escadas serpenteadas por onde subiam e desciam hóspedes importantes como o maestro e compositor Carlos Gomes, o escritor modernista Mário de Andrade e muitos outros.

O luxuoso hotel também serviu para abrigar reuniões que antecederam a Proclamação da República, tendo à frente Nilo Peçanha, o único campista que se tornou presidente do Brasil. A reabertura afetaria a história não só de Campos, mas de todo o país, e, então, manter o Hotel Gaspar com ar, retirando-o da respiração por aparelhos.

É um marco acertado. Primeiro, que suas portas e janelas se confundem com páginas de livro de história. Ao abri-las, estaremos deixando as novas gerações respirarem o ar puro da história, além de contemplar uma arquitetura, hoje rara e que é tombada Inepac e pelo Coppam.

Segundo, porque é um equipamento estratégico para o projeto de revitalização do chamado Centro Histórico, que está em curso. O fato de abrigar uma ou mais Secretarias Municipais, vai transformar o que chamamos de ponto de memória de uma Campos progressista em centro de convivência, com mais pessoas circulando e, quem sabe, talvez, a Praça São Salvador volte a fazer sentido. Uma decisão acertada da prefeitura.