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Cirurgia robótica inédita na região é realizada no Hospital Dr. Beda

Grupo IMNE é pioneiro com investimento em novas tecnologias e equipe especializada

Saúde
Por Nelson Nuffer (Estagiário)
6 de maio de 2024 - 0h04
Procedimento|Cirurgia realizada em 22 de abril (Fotos: Silvana Rust)

No dia 22 de abril, foi realizada no Hospital Dr. Beda uma cirurgia robótica de cabeça e pescoço, procedimento inédito no interior do Estado do Rio de Janeiro, que aponta que a abordagem robótica é uma realidade presente, trazendo resultados cada vez mais eficientes para todas as áreas da medicina. O Dr. Raphael Sepulcri, cirurgião de cabeça e pescoço do Grupo IMNE, explica sobre a cirurgia realizada e as vantagens das novas tecnologias para a sua área de atuação.

A paciente, com cerca de 60 anos, tinha o quadro de um tumor da base da língua, do qual precisaria ser feita a ressecção. De acordo com Sepulcri, a abordagem robótica para casos como esse é menos agressiva, com menos morbidade para o paciente, e também permite uma melhor visualização do procedimento, além da redução do tempo de cirurgia. “A gente consegue tirar o tumor com uma margem de segurança melhor, o que altera até a sobrevida do paciente. Então, ela tem um ganho, a chance de ficar curada com esse tipo de cirurgia é maior. Sem o robô, a gente teria que fazer uma intervenção que tinha que serrar o osso da mandíbula para chegar ao tumor, para tirar e depois suturar esse osso. Uma cirurgia que levaria, talvez, umas 3, 4 horas e não durou uma hora, e com muito menos morbidade para o paciente”, comenta.

Tecnologia|Dr. Raphael Sepulcri destaca avanço

Segundo o especialista, não é apenas na duração da cirurgia que existe uma redução significativa de tempo. O pós-operatório é mais curto e tranquilo, devido ao método menos agressivo, fazendo com que a paciente, que poderia ter até uma semana de internação, conseguisse ter alta apenas três dias depois da cirurgia. “Em alguns lugares nos Estados Unidos, como eles têm mais experiência e fazem mais casos, eles dão alta no dia seguinte, dependendo do tipo de cirurgia, ou dois dias depois. É uma grande vantagem durante a cirurgia e no pós-operatório a recuperação é muito mais rápida”, diz.

Essa cirurgia, de cabeça e pescoço, foi a primeira a ser realizada no interior do estado, e uma das primeiras no Brasil. A abordagem robótica foi utilizada pela disponibilidade do equipamento e de equipes especializadas, já que, em Campos, o Grupo IMNE já investe nas novas tecnologias de ponta, buscando, além do pioneirismo, se tornar referência dentro do campo médico no país. “Eu vejo Campos bem à frente no cenário, do que muitas capitais até, e não só na cirurgia de cabeça e pescoço, também as outras áreas que usam o robô e essas inovações todas. Então, a gente ter isso numa cidade do interior, é fabuloso”, afirma.

Vantagens|Incisões pequenas e rápida recuperação

“Em termos de inovação, em termos do que o Grupo IMNE trouxe para a gente, por exemplo, na área de cirurgia de cabeça e pescoço, todas as inovações possíveis, a gente tem aqui, né? A gente faz cirurgia por vídeo, faz ablação de nódulo tireoidiano e agora o robô, então, tudo que é inovação é possível tratar aqui em Campos”, completa.

De acordo com Sepulcri, casos como esse de cabeça e pescoço são especiais, pois precisa de um diagnóstico do tumor em fase bem inicial, e no Brasil a maioria dos pacientes chega com a doença já avançada, fazendo com que a demanda pela cirurgia convencional não seja tão grande, mas com o sucesso da abordagem robótica, essa situação tende a mudar. “Na hora que você vira referência, você começa a fazer, às vezes começam de outros lugares a te procurar. Então, essa demanda pode realmente aumentar. Tem espaço para outros tipos de tumores, dá para você fazer a cirurgia da tireoide, o esvaziamento cervical, e a grande vantagem, além do robô trazer menos morbidade é que não deixa nenhuma cicatriz no pescoço, não fica com cicatriz visível. Então, existe um ganho estético e funcional para os pacientes”, conclui Rafael Sepulcri.