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Espetáculo “Fuzis” estreia neste fim de semana, em Campos

O tradicional grupo campista Persona faz montagem baseada em texto de Bertold Brecht

Cultura
Por Redação
24 de abril de 2024 - 10h41
Integrantes do Persona na montagem “Fuzis” (Divulgação)

O novo espetáculo da Companhia Persona estreia neste fim de semana em Campos dos Goytacazes. A peça “Fuzis” é baseada em “Os Fuzis da Senhora Carrar” do dramaturgo alemão Bertold Brecht. A montagem será exibida de sexta-feira (26) a domingo (28) na sede da companhia com preços populares. A direção é de Tânia Pessanha e o elenco é composto por Miguel Marques, Brenna Crespo, Isabelle Alvarenga, Matheus Simões, Sunshine Pessanha, Julia Possidônio, ThássiaNunnes e Nathália Cordeiro.

O espetáculo se inspira na Guerra Civil Espanhola, um dos momentos decisivos do século XX. Um choque de ideologias, assim como de armas, foi um conflito brutal que dilacerou uma nação. Os generais golpearam o governo democraticamente eleito da Espanha, com o objetivo de reverter os avanços sociais, culturais e políticos conquistados nos anos anteriores.

“Desde o início do processo, sentimos que, apesar do texto original de Brecht se manter atual, era preciso falar também das nossas lutas do século XXI. Começamos então a nos questionar que lutas seriam essas e convidamos algumas pessoas para um bate-papo, onde pudemos aprender muito sobre realidades diferentes e, daí, começamos a estruturar nosso texto. Ao longo do processo criativo, percebemos que o próprio elenco também tinha histórias de lutas. Pessoais ou coletivas, elas eram importantes, e decidimos selecionar algumas dessas histórias para montar a dramaturgia final”, explica Tania Pessanha.

O texto dramatúrgico apresentado pelo Persona surgiu também de forma on-line ainda durante a pandemia. As sonoridades foram surgindo de vários pontos e de várias maneiras. “Buscamos músicas para cada personagem e maneiras de inserir o som como elemento cênico. Esse caminhar para frente, sofrer um golpe, retroceder, tem marcado a história de muitos países em nosso planeta. Na Espanha aprendemos que alguém pode estar certo e ainda ser vencido, que a força pode vencer o espírito, que há momentos em que a coragem não é sua própria recompensa. Mas a luta por um mundo melhor e mais justo permanece”, conta a diretora.