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Enel com os dias contados

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Geral
Por Guilherme Belido
16 de abril de 2024 - 17h48

Depois de graves e sucessivas falhas como concessionária de distribuição de eletricidade no Brasil, a Enel parece ter esgotado o estoque de desculpas e justificativas para manter a concessão.

Nos últimos meses, os serviços costumeiramente ruins, passaram à condição de insustentáveis, com São Paulo – o estado mais populoso do Brasil – encabeçando a lista dos que pedem a suspensão da concessão por absoluta quebra de contrato no cumprimento de suas obrigações como concessionária de serviço indispensável à população.

No final de março, depois de uma chuva de 40 a 50 minutos, o estado paulista, com 45 milhões de habitantes, ficou sem energia em várias cidades, entre elas a capital, onde residem 13 milhões. Na oportunidade, o governador Tarcísio Freitas, indignado com nova falha da empresa, pediu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendesse o contrato de concessão, considerando a empresa desqualificada para a função. Foi, aliás, no mesmo dia que São João da Barra e praias de Atafona e Grussaí ficaram às escuras desde 15h do dia 29 até a manhã do dia seguinte.

Minas e Energia – Ato contínuo, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, reiterou que a Enel não tem a menor condição de atender à população e que o governo vai acionar a Aneel para que abra processo disciplinar face aos constantes apagões em São Paulo e outros estados. Indo mais além, avaliou que a medida visa pôr fim ao contrato de concessão. “Nos próximos meses a empresa estará sob um processo de caducidade” – o que significa perda de concessão.

Quebra de contrato

Apesar da concessão da Enel com o governo federal seja de 30 anos, com encerramento previsto para 2028, as sucessivas quebras de contrato da empresa para com os serviços de distribuição de energia, afetando milhões de brasileiros, é base mais que suficiente para que a União cancela o contrato.

Vale lembrar, as irregularidades não ficam apenas no âmbito dos apagões, mas também por contas superfaturadas, cortes ilegais, desrespeito ao consumidor e mais uma série de desleixos que não podem pesar sobre os ombros de população alguma, tampouco sobre um país de extensão continental como o Brasil.

O ‘cinquentão’ Passat

Pedindo licença ao colunista Rodrigo Viana, expert em se tratando do mundo automobilístico, faz-se registro do cinquentenário VW Passat, lançado na Alemanha em 1973 e que chegou ao Brasil um ano depois. O 1º modelo disponibilizava três versões. A de entrada entregava motor 1.3, de 55cv. A 2ª versão, com motor 1.5, 75 cv. E a esportiva, modelo TS com faróis duplos – um sonho de consumo na época – de 85 cv.

Tanto nos países europeus como no Brasil, o Passat revolucionou a WV, particularmente pelo estrondoso sucesso junto ao público mais jovem. O nome Passat significa ‘vento alísio’ – o que sopra em todos os continentes. (*No jornal impresso o ano de lançamento na Europa, por engano, saiu “2013”, quando o correto é 1973. No Brasil, em 1974)….