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Transtorno do Espectro Autista é o foco do Abril Azul

Campanha da OMS busca conscientização e visibilidade de condição que acomete uma a cada 100 crianças

Saúde
Por Redação
8 de abril de 2024 - 5h00
Data|Dia Mundial de Conscientização foi celebrado no dia 2 (Foto: Freepik)

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi celebrado na última terça-feira (2), mas o mês de abril segue com a campanha de conscientização, chamada de Abril Azul, dando mais visibilidade e promovendo a inclusão ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 crianças no mundo tem TEA.

Afinal, o que é o TEA?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. O TEA não é uma doença, e por ser um espectro, aparece de formas diferentes em cada caso, podendo ser uma forma mais leve, até casos mais graves.

Padrões de comportamento repetitivos também são bem presentes, podendo ser observados quando a pessoa demonstra movimentos como o balançar das mãos ou do corpo. Interesses restritos e em temas específicos e fixação em rotinas são inclusos dentro desses comportamentos.

De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os diagnósticos de Autismo, Transtorno de Asperger e Transtorno Global do Desenvolvimento foram unificados sob a categoria do Transtorno do Espectro Autista no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e classificados em três níveis: No primeiro nível, a pessoa precisa de apoio leve, apenas para poder administrar situações de organização e planejamento. É caracterizado pelo interesse reduzido em iniciar interações sociais e persistência nas mesmas atividades e comportamentos. No segundo nível, a comunicação já apresenta déficits mais acentuados e lidar com mudanças se torna mais difícil, portanto, o apoio precisa ser mais relevante. No nível três, o último, a pessoa depende de um apoio mais presente, já que a comunicação básica e a interação social são afetadas de forma mais evidente.

Independente do nível, essas características se manifestam já nos primeiros anos e perduram por toda a vida. A OMS destaca que para garantir a qualidade de vida da pessoa com TEA, é necessário compreender o seu funcionamento e buscar, quando necessário, terapias comportamentais e educacionais, além de ter um acompanhamento multidisciplinar que inclui psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde.

Em Campos
O programa Neuroação, lançado em março deste ano, tem como objetivo quantificar o número de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos do neurodesenvolvimento, além de coletar dados sociodemográficos. O programa visa eliminar a fila de espera para avaliação e laudo desses pacientes. O Centro de Referência, localizado na Cidade da Criança, contará com uma equipe multidisciplinar e oferecerá um ambulatório ampliado, protocolos de rastreio nas unidades de saúde e escolas, estudos epidemiológicos e epigenéticos, capacitação contínua, intertelemedicina e apoio aos pais, incluindo a emissão de carteirinha do autista.