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Itinerário de uma crise

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Opinião
Por Redação
7 de abril de 2024 - 0h01
Foto: Silvana Rust

É longo o itinerário da crise do transporte público de Campos, município de maior extensão territorial do estado e maior população fora da região metropolitana do Rio. São meio milhão de pessoas, acrescido de, pelo menos, mais 200 mil em sua área de influência.

O antecessor de Wladimir Garotinho, Rafael Diniz, assumiu o governo com essa crise já em trânsito, digamos assim. Pensou grande e chegou a lançar o “Anda Campos” que empacou no primeiro passo, ou seja, na primeira estação de integração que seria em Goytacazes.

O atual prefeito, diante das lições do passado, foi mais realista e previu três estações de integração de ônibus e vans: uma em Donana, outra em Ururaí e a terceira em Travessão.

Duas delas, a de Travessão e Donana estão sendo concluídas com a promessa de entrega no segundo semestre. A de Ururaí ainda é um projeto. Isso mostra a complexidade do problema.

Mesmo com os terminais prontos faltará o essencial. Errou quem pensou em passageiros, que esses existem de sobra. Não dormiu no ponto quem pensou ônibus.

Nos últimos anos houve uma verdadeira linha de desmontagem da estrutura de transporte público em Campos, com empresas fechando as portas ao mesmo tempo em que as vans, muitas clandestinas, abriam as suas.

Que parte do problema seja resolvida com essas estações de integração, mas a solução virá mesmo com a volta dos ônibus. Em uma visão de mercado não deveria existir essa dificuldade aparente, pois temos uma massa de pessoas querendo e precisando consumir esse serviço.

Fato é que estamos embarcando em uma espécie de ônibus circular, girando em torno deste grave problema que tem que ter um ponto final.