Depois de 30 anos de abandono do antigo Ceasa, o município de Campos pretende investir mais de 50 milhões em um projeto, que passa a ser denominado de Ceascam – Centro de Abastecimento e Polo Agroalimentar de Campos.
Lembrar que nas grandes cidades como o Rio de Janeiro, esses centros de abastecimento cumprem um papel relevante nesta área, beneficiando produtores e consumidores. No Rio, no bairro de Irajá, o Ceasa, é, na verdade, uma grande cidade, tudo girando em torno da comercialização da produção e de suas relações com o consumo.
O projeto do Ceasa em Campos seguia essa tendência, e talvez não tenha ido à diante pelo fato de que exatamente há três décadas a agroindústria açucareira entrava em declínio.
Águas passadas. Hoje, a agricultura em Campos está se revitalizando, o que explica esse investimento de 58 milhões conseguidos na soma de recursos de emendas parlamentares e verba do Ministério de Agricultura.
Será estratégico para Campos que abrange uma área regional de mais de 1 milhão de pessoas, contabilizando os municípios vizinhos. Destaca-se, ainda, o potencial estratégico da localização do complexo alcançado por duas rodovias federais, a BR-101 e a BR-356.
Ao todo, o projeto que será realizado em etapas deve beneficiar 50 mil produtores que contarão com câmaras frias para armazenamento de pescado, plataformas para desembarque dos produtos, além de todo um complexo de infraestrutura com estacionamento para mais de 500 veículos.
As previsões mais otimistas sobre os resultados quando todo esse complexo estiver funcionando é de um movimento anual de R$ 1 bilhão. Temos que pensar de forma otimista e a grande, no mínimo no tamanho do maior município em extensão territorial do estado do Rio de Janeiro, que teve sempre como sua principal vocação a agricultura.
