

A Marinha do Brasil informou que foi concluído, neste domingo (25), o desencalhe do navio mercante “M/V CARO”, empregado no serviço de transporte de minério, que saiu do Porto do Açu com destino ao Bahrein, e ficou preso a 4 quilômetros da costa de São João da Barra. A embarcação foi ancorada no Porto do Açu, onde passará por inspeções que certificarão a integridade estrutural do navio, a fim de permitir o retorno da carga que foi retirada para reflutuação. Posteriormente, o navio estará em condições para prosseguir viagem, informou o órgão.
“As inspeções realizadas por equipes da Agência da Capitania dos Portos em São João da Barra (AgSJBarra), desde a data de encalhe do navio, não identificaram danos estruturais à embarcação que ocasionassem vazamentos de poluentes para o ambiente marinho”, destacou a Marinha em nota.
O incidente aconteceu em 9 de janeiro. O Porto do Açu informou que continuou operando normalmente, pelo fato de o Navio ter encalhado fora do canal de acesso. Para facilitar a reflutuação da embarcação, a carga de minério começou a ser retirada no dia 16 de fevereiro.
O Porto do Açu informa que a rebocagem do MV Caro foi concluída com êxito, seguindo o processo estabelecido no Plano de Emergência Ambiental e de Resposta a Incidentes executado pela Oceanpact e aprovado pelo Inea e Marinha do Brasil. Seguem agora as inspeções no casco no navio e a programação de recarregamento, atividades previstas para serem realizadas na próxima semana.
“Importante destacar que a salvatagem foi realizada observando as melhores condições climáticas e de segurança e que o navio não apresentou instabilidade e nem danos a pessoas e ao meio ambiente no período em que esteve encalhado. As causas do incidente estão sendo apuradas pela Autoridade Marítima”, informou a Porto do Açu em nota.
Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54.
“Cabe ressaltar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1oDN, para outros assuntos, inclusive denúncias)”, informou a Marinha.