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Dúvidas estacionadas no parque

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Opinião
Por Redação
25 de fevereiro de 2024 - 5h00

Completando 36 anos de sua última revitalização, que resultou na atual configuração, o Parque Alberto Sampaio vai passar por mais uma transformação e depois pode ser administrado pela Associação Evangélica de Campos (AEC).

Mas, enquanto isso não se efetiva, existe um desencontro de informações sobre a questão dos estacionamentos de veículos, hoje, ao todo, três são explorados por particulares. As demandas pedidas pela reportagem do J3 News aos órgãos municipais competentes não esclarecem por completo os parâmetros adotados para a permissão deste serviço privado em área pública.

Antes de passar a ser conhecido como Parque Alberto Sampaio, o local era chamado de Jardim de Alah. Nossos mais antigos contemplam em suas memórias outro tipo de espaço, por onde corria a céu aberto o Canal Campos-Macaé e existiam pequenas pontes sobre eles.

A nova configuração aconteceu no terceiro mandato do prefeito José Carlos Vieira Barbosa, transformando o parque em diversas áreas temáticas. O canal foi coberto e o parque ganhou um anfiteatro, brinquedos de madeiras inspirados no Central Park de Nova York – o arquiteto Lauro Sarayva viajou para os Estados Unidos enviado pela prefeitura para ver de perto o parque de NY – e uma área com estilo oriental onde pessoas pudessem meditar, estudar, conversar e até namorar.

O projeto concebido pelo arquiteto Francisco Leal foi bastante elogiado à época, sendo considerado um importante experimento urbanístico. Mas, a partir dos anos 90, com a insegurança, o Alberto Sampaio, assim como outros parques públicos, entrou em um processo de desuso.

Tentar resgatá-lo, mesmo com parte destinada a estacionamento é válido. Praças são, acima de tudo, áreas de convivência e é preciso ficar muito claro como convivem os segmentos públicos e privados nestes espaços. Necessário dirimir essas dúvidas antes dos próximos passos.