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Mar avança no litoral do Norte Fluminense

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Opinião
Por Redação
18 de fevereiro de 2024 - 0h01
Foto: Silvana Rust

O mais percebido e difundido é o do Pontal de Atafona, mas, em se tratando do avanço do mar, na mesma linha de praia, bem vizinho, mais precisamente no Farol de São Thomé, em Campos, o fenômeno tem destruído parte da orla, ameaça estradas, construções e vegetação. O mesmo acontece em praias de São Francisco do Itabapoana, Macaé e até Rio das Ostras.

Tal como acontece em Atafona, praia de São João da Barra, em trechos da praia de Farol, a faixa de areia está cada vez mais reduzida, como constatam pesquisadores que estudam o fenômeno no Norte Fluminense e como mostrou a reportagem especial desta semana (aqui).

Reportagem do J3 News mostra que nos últimos 30 anos, trechos da praia campista perderam até 130 metros de faixa de areia. E isso não está ocorrendo somente no litoral do Norte Fluminense, mas em diversas partes das linhas de praias do litoral brasileiro.

Moradores do Farol de São Tomé dizem que o avanço do mar tem piorado nos últimos anos, e em março, o mês em que as águas fecham o verão, as ressacas são tradicionalmente maiores e a preocupação aumenta.

As prefeituras, tanto de Campos quanto de São João da Barra e Macaé, se socorrem em pesquisas e estudos científicos, além de parcerias com órgãos das esferas estadual e federal, na tentativa de conter com obras o avanço do mar, mas, não existe uma conclusão sobre a obra adequada e nem estimativa do seu custo.

Ações paliativas são acertadamente adotadas nos dois municípios. No caso do Farol a prefeitura través da Defesa Civil monitora os trechos e existe um plano de contingência, o que sinaliza que o problema existe e é grave.

A prefeitura de Campos promoveu em 2023 um encontro sobre desastres naturais e erosão costeira na orla marítima com representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) e da Capitania dos Portos de São João da Barra, mostrando que a solução tem que ter amparo na ciência. Fato é que entre São Francisco e Rio das Ostras 32% da linha de praia passa por processo grave de erosão e algo precisa ser feito.