Em todas as pesquisas de opinião realizadas junto à população, a saúde sempre figura entre as maiores preocupações dos cidadãos. Hospitais lotados, falta de remédios e médicos, dificuldade para realização de exames clínicos e demora nos atendimentos são as principais queixas dos usuários de redes públicas de Saúde.
Mas o município de Macaé parece priorizar outros interesses em detrimento à Saúde Pública dos macaenses. Há pouco mais de um ano o prefeito Welberth Rezende convidou o candidato derrotado a prefeito de Nova Friburgo, Alexandre Azevedo Cruz (Cidadania) para assumir o controle de toda a Gestão de Saúde de Macaé, mesmo Alexandre não sendo médico e sem nenhuma experiência no setor.
Alexandre Cruz já foi secretário municipal de Serviços Públicos em diversos governos friburguenses. Está na política desde 1992 quando foi candidato a vereador pela primeira vez. Foi eleito dez anos depois para seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Nova Friburgo e reeleito em 2016, quando assumiu a presidência da Casa.
Em 2020 tentou sua eleição para prefeito da cidade, mas conquistou somente o quarto lugar com apenas 9.356 votos, menos de 10% dos votos válidos no município. Sua coligação se chamava “Zelando e Protegendo Nova Friburgo”. Perdendo a eleição, o político optou nem por zelar e nem proteger os friburguenses, deixando sua cidade natal para tentar a sorte no rico município de Macaé. Em sua declaração de renda disponibilizada para as eleições, Alexandre declarava ter apenas R$ 334 mil em bens, incluindo alguns carros antigos.
Uma das principais críticas à gestão da Saúde de Macaé, apontada por médicos especialistas, gestores públicos de unidades hospitalares e pais de crianças que precisam de atendimento de alta complexidade, está na interdição há quase um mês da UTI Neonatal Nicola Albano, feita pela Vigilância Sanitária, órgão vinculado à Secretária de Saúde de Macaé, por razões estranhas ao setor. Segundo relatos dos responsáveis pela unidade, os fiscais apareceram com laudos prontos e sem observância das regras que regem o setor que envolve o Governo do Estado e outros 37 municípios. Todos prejudicados pela ação da VISA macaense, com apoio do secretário de Saúde, Alexandre Cruz.
Sem justificativas que deem base legal para à manutenção da interdição, mesmo com assinatura do TAC e das adequações solicitadas, o governo de Macaé segue impedindo que crianças tenham acesso ao tratamento intensivo especializado na Nicola Albano, expondo-as a risco de morte. Dezenas de recém-nascidos já tiveram que ser transferidos para outros municípios, prejudicando, além dos bebês, os pais, que precisam se deslocar para cidades distantes para ficarem com seus filhos. Mas nada disso é levado em conta pelo governo de Welberth Rezende, que parece priorizar acordos políticos à saúde dos macaenses.