A Festa do Santíssimo Salvador chega à sua 371ª recuperando o seu significado de fé em reverência ao padroeiro do município. Tema da reportagem especial desta edição, a celebração além de recuperar, mantém e amplia essa tradição. Nas grandes cidades, festa assim tem perdido o brilho, passando a ser um mero feriado municipal. Mas, Campos está conseguindo manter acessa a festa com uma programação religiosa, artística e esportiva muito bem elaborada, e que tem mostrado resultados.
Se nós recorrermos à história, vamos verificar que a festa em outros tempos tinha uma musculatura maior, como por exemplo, as regatas no rio Paraíba do Sul, que estiveram entre as principais do país. Essa parte da festa, com o passar de muitas águas por debaixo das pontes, acabou se perdendo, embora se tente recuperar. Por outro lado, a Prova Ciclística que leva o nome do padroeiro, está na 78º edição, sendo destaque nacional no calendário deste esporte.
A fé é a base de tudo, tanto que a procissão é um dos pontos altos da festa. Porém, é preciso entender esse aspecto popular que permite a celebração coletiva, de comunhão das pessoas de todos os credos, se encontrando nos muitos eventos artísticos que formam a programação. Merece reconhecimento a Fundação Jornalista Oswaldo Lima, que cumpre esse papel, assim como outros segmentos públicos que estabelecem a infraestrutura, desde a segurança até o transporte.
É também, indiscutivelmente, uma festa importante para a cultura, o turismo e a economia do município, sendo um clássico exemplo disso a culinária, com seu doce mais famoso, o chuvisco, até o salgadinho mais vendido, o eterno bolinho de bacalhau. Essa parte da festa está na sua 31º edição, sendo organizada pela Comissão de Entidades Sociais e Assistenciais do Município de Campos (Coesa), cujo lucro se destina a programas sociais.
Essa tradição, em uma festa que é concentrada no coração da cidade, que abriga a praça que leva o nome do padroeiro tem que ser mantida, pois é um dos principais recortes da nossa tradição.
