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Alopecia: o que é e como tratar problema capilar

Doença acomete mais de 42 milhões de pessoas em todo o Brasil

Saúde
Por Kamilla Póvoa
1 de maio de 2023 - 0h01
Doença pode ter várias causas (Foto: Divulgação)

Assunto em destaque nos últimos dias em novela global, a alopecia é um problema que atinge muitos brasileiros e pode ter diversas causas. Dados da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) apontam que a doença acomete mais de 42 milhões de brasileiros. A queda capilar pode estar associada a uma série de fatores. Dentre as causas mais comuns da doença estão o estresse, falta de vitaminas e mudanças hormonais. O assunto, aliás, leva homens e mulheres diariamente a consultórios de dermatologistas, em busca das causas e de tratamentos para reverter o cenário.

Dados da SBC também apontam que grande parte do número de pessoas com alopecia é de jovens entre 20 e 25 anos. A dermatologista Olívia Assed explica que as causas desse problema podem estar ligadas a diversos fatores. E por conta disso, a queda capilar se torna preocupante quando está ligada a fragilização e queda dos fios sem reposição, levando à ausência, em certos pontos do couro cabeludo (falhas) ou tornando o cabelo mais ralo e sem densidade.

Dermatologista, Olívia Assed explica as causas e tipos de tratamento da doença (Foto: Silvana Rust)

“Alopecia é um termo genérico, que representa um número expressivo de tipos de queda de cabelo. É importante uma investigação diagnóstica profunda, pois existem diversas causas. Estresse físico e emocional, alterações hormonais, genética, deficiência vitamínica, são todas as causas. A mais comum de queda de cabelo é o que chamamos de eflúvio telógeno, que é uma queda transitória e autolimitada, o que significa que mesmo na ausência ou na impossibilidade de tratamento, o pelo voltará a nascer”, disse.

Doenças como a Covid-19, Dengue e pós-operatório como a cesariana, e até medicações, podem causar a alopecia. A consequência pode variar desde a uma única placa com perda de cabelo, que é o sinal inicial, até quadros mais graves, com a perda de todos os pelos do corpo, é o que explica a especialista.

“Outra causa muito comum e conhecida, é a temida calvície, que chamamos de alopecia androgenética, que é uma forma de queda de cabelo geneticamente determinada. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só aparece após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos. A grande diferença é que na calvície, ocorre o afinamento progressivo do pelo e essa é a queixa mais comum do paciente, o couro cabeludo ficando ralo”, explicou.

Doença não tem prevenção
A dermatologista explica que existem diversas opções de tratamento da alopecia, porém, não é possível prevenir. Em meio às alternativas, Olívia Assed ressalta que é fundamental que o paciente busque um especialista para entender as causas da perda capilar e para que o médico defina o melhor tratamento para o caso. “A primeira etapa é a mais importante, a investigação da causa da queda para direcionarmos os melhores tratamentos como shampoos, loções antiqueda e medicações para uso domiciliar e no consultório. Conseguimos potencializar esse tratamento com a ledterapia e MMP, que é a microinfusão de medicamentos, onde aplicamos ativos para acelerar a recuperação deste pelo. Mas, infelizmente, não é possível prevenir nenhum tipo de alopecia. Porém, há situações nas quais seu surgimento é esperado, como na fase do pós-parto, quando é comum ocorrer queda dos fios 2-3 meses após a cirurgia. O importante é sempre procurar auxílio de uma especialista para a melhor indicação de tratamento”, finalizou.