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Especialista alerta para risco de envelhecimento precoce dos dentes

Saiba o que fazer para mantê-los saudáveis

Geral
Por Kamilla Póvoa
13 de novembro de 2022 - 5h10

É comum ouvir que a cárie é a grande vilã da saúde bucal e que, na idade adulta, a doença periodontal é a principal responsável por problemas na boca. Se ensina a escovar bem os dentes e a cuidar das gengivas. Mas, na verdade, há algo mais com que se preocupar: o envelhecimento dos dentes. Trata-se de um processo natural, que ocorre como em todo o restante do corpo, mas para o qual comumente se dá pouca atenção.

A dentista Mariana Estefan explica que o envelhecimento dos dentes caracteriza-se por alterações que podem ser mais ou menos evidentes conforme a idade avança.

“Muitas pessoas acabam associando o envelhecimento ao físico, ao rosto, e acabam se esquecendo dos dentes, que passa pelo mesmo processo que todo o restante do corpo”, opina Mariana.

Clinicamente, alguns dos sinais do problema são: desgastes, recessão gengival, hipersensibilidade e amarelamento dos dentes.

“Os sinais do envelhecimento precoce estão na boca. Um dos principais é a hipersensibilidade. Há desgaste das bordas dos dentes, que vão ficando cada vez mais retinhos e as pontas dos caninos, mais curtas. Com isso, vão ficando cada vez mais sensíveis. Outro sinal é o amarelamento”, enumera.

Envelhecimento precoce
Mas, se pessoas mais jovens apresentam alguns desses sintomas, pode ser um sinal de envelhecimento precoce dos dentes. O problema pode estar ligado ao consumo de determinados alimentos e bebidas ou da manutenção de hábitos pouco saudáveis.

Atualmente, o estresse e a ansiedade são problemas que afetam boa parcela da população.  Em momentos de mais tensão, parte das pessoas podem acabar tencionando a mandíbula e cerrando os dentes, o que causa desgaste do esmalte e afeta as gengivas, explica a dentista. “A mudança do hábitos, de padrões de alimentação e escovação e até mesmo a questão dos hábitos parafuncionais, que podem estar relacionados ao estresse e à ansiedade, como o apertamento dentário e o bruxismo, levam a um envelhecimento precoce dos dentes, não só dos adultos, mas de jovens e até crianças”, diz.

Influência da alimentação
Ainda segundo Mariana, o aumento do consumo de alimentos e bebidas ácidos, como  refrigerantes, tem levado pessoas a desenvolverem hipersensibilidade dental.

“Um sorriso perfeito é aquele em que os dentes são íntegros, executam sua performance funcional, como a mastigação e a fonética, e harmonizam esteticamente. Os hábitos alimentares e de higiene são fundamentais para a preservação do sorriso, assim como o controle dos hábitos nocivos, como o bruxismo, onicofagia, mastigação de alimentos muito duros e ingestão de alimentos ácidos”, explica.

Tratamento
A boa notícia é que esse envelhecimento não natural dos dentes pode ser evitado, diz a especialista. De acordo com Mariana, o ideal é visitar o dentista no mínimo uma vez a cada seis meses e estar atento aos primeiros sinais do problema é a chave para evitar que ele se agrave.

“Não é possível reverter o envelhecimento dos dentes, mas conseguimos restaurar e trazer um controle. É importante o paciente entender o que leva ao envelhecimento. Não adianta tratar, restabelecer a parte desgastada e fazer um protocolo contra a sensibilidade se o paciente retorna para os maus hábitos. É preciso cuidado com a alimentação e cuidar dos dentes aos primeiros sinais de envelhecimento. A prevenção é de extrema importância”.