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Lucas Barbosa, o arquiteto campista que vem ganhando todo o Sudeste

Ele assina projetos em quatro estados e, atualmente, é responsável por uma grande obra em Campinas

People
Por Redação
23 de outubro de 2022 - 5h01

A Arquitetura, para alguns, se confunde com arte e, além de registrar muito do comportamento de um povo, modifica paisagens e transforma vidas. O arquiteto campista Lucas Barbosa, ao longo de sua carreira, assina obras residenciais e empresariais em espaços destacados de Campos, como a Pelinca, mas vem expandindo cada vez mais os projetos por todo o Sudeste do país, saindo das fronteiras do Norte e Noroeste do Estado, onde atende em cidades como Rio das Ostras, Búzios e Capital, chegando ao Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Para ele, a profissão é um dom, por meio do qual concretiza desejos e necessidades, impactando a vida das pessoas.

“Eu nasci arquiteto. Falo isso constantemente. Sou absolutamente apaixonado e, desde criança, minha brincadeira predileta era desenhar casas. Minha relação é de amor e ódio. É normal termos momentos em que estamos um pouco irritados, como em um relacionamento. Mas eu amo, enlouquecidamente, a minha profissão. Eu amo ser arquiteto”, revela.

Para Lucas, a Arquitetura é uma missão e o principal objetivo é fazer um trabalho de excelência, levando em consideração as necessidades das pessoas e, também, agregando algo aos locais onde as obras estão.

“O que me move, todos os dias, é saber que eu deixei minha marca em algum lugar, mas existe uma coisa muito importante, porque, além dessa marca visual, a gente acaba transformando as vidas com a Arquitetura. É engraçado falar isso, mas, às vezes, nós esquecemos que o arquiteto faz shoppings, hospitais e isso tudo impacta a vida do ser humano. Nós fazemos casas que sejam mais confortáveis, pontos comerciais agradáveis e contemplativos, nos quais as pessoas conseguem trabalhar felizes. Essa é a satisfação que eu tenho, não só criar marcas que me satisfazem, mas, também, criar espaços que transformem as vidas das pessoas”, revela o arquiteto.

Na receita para alavancar e destacar seus projetos, que vêm conquistando empresas e personalidades como a ex-globeleza Valéria Valenssa, Lucas Barbosa acrescenta criatividade, muita ousadia para cumprir desafios e técnica para entregar obras imponentes.

“Eu adoro fazer projetos em aclive e declive. O que é uma coisa bem rara. Eu brinco, e faço analogia à Medicina. Só que eu sou médico das obras. Naturalmente, as cirurgias mais complexas caem nas mãos do meu escritório. Acho que não é somente por uma questão de criatividade. É, também, por uma boa condução técnica. Somos muito criteriosos em entregar um trabalho de excelência, sempre. Atribuo nossa expansão à dedicação. Temos uma leva considerável de trabalhos nos últimos anos e emblemáticos em Búzios, no Rio, em São Paulo…”, analisa.

De Campos a Campinas
Atualmente, Lucas se divide entre Campos e São Paulo, onde ele assina o projeto da iHub, empresa de assessoria em investimentos da capital, e também acompanha as obras da agência de publicidade Arpejo, em Campinas.

“Todo projeto nasce diante das necessidades e das problemáticas existenciais expostas ao arquiteto. Fábio [Fábio Ramos-CEO da Arpejo] foi extremamente bem-sucedido na escolha do terreno que, além de um aclive, é um localizado em uma esquina, com a boca um pouco côncava. O nome da empresa, Arpejo, tem sinônimo ligado à parte musical e tivemos a certeza de que precisávamos criar uma fachada que representasse o que é isso monumentalmente, e a empresa como um todo. Eu optei por traçar uma linha reta, plana, de fora a fora, e deixar um passeio, um pouco mais aberto, na boca do terreno, que desse um pouco de contemplação, para que as pessoas pudessem olhar essas notas musicais, representadas por brises frontais, que foram colocados” detalha Lucas Barbosa.

Para resolver a questão do terreno em aclive, Lucas criou três pavimentos amplos, ventilados, iluminados e completamente integrados. No segundo pavimento, um varandão e uma ampla área externa.

“Ao fundo, aproveitando o aclive do terreno, criamos uma área de vivência muito grande. Mais uma vez, representando o modernismo, fizemos um espaço no qual os funcionários podem jogar, brincar, conversar e fazer eventos. Optei por fazer uma mesa grande e única, porém, uma parte dela, oito lugares são internos, e os outros sete são externos. E o melhor: a parte externa tem uma árvore que sai do meio dela”, conta.

Na parte superior, a área dos funcionários também conta com ambiente aberto, permitindo maior contato.

“Essa área é onde, aos meus olhos, todos os funcionários têm que ter essa pegada open space, para que todos se olhem, se vejam. São duas mesas enormes e uma porta muito grande como se fossem portas de baias. Criei também algumas pequenas salas de reuniões, para duas pessoas”, detalha Lucas.

O projeto da Arpejo foi solicitado no pós-pandemia e, por isso, deveria trazer, a pedido do cliente, um ambiente arejado, iluminado, moderno e também que refletisse aconchego e segurança.

“E eu acho que isso é o mais bacana desse projeto, um ambiente semelhante a uma casa, com cozinha, uma área externa gostosa, com conforto, aconchego e, também, todas as questões que precisamos para desempenhar o nosso trabalho. É a Casa da Arpejo, que é uma agência que preza tanto pelo relacionamento e quanto pelo desenvolvimento das pessoas”, diz Miryan Garcia, diretora de contas da Arpejo.

Lucas destaca como ponto principal do projeto a valorização da característica do terreno que, segundo ele, fará a diferença para clientes e, principalmente, na rotina dos funcionários.

“Um dos principais charmes do projeto, aos meus olhos, é a visão, tão ampla e frontal. O terreno está virado ao poente. Então, bloqueamos a incidência solar com o ritmo dos brises, mas deixamos também um vidro de fora a fora que traz para os clientes e também para o dia a dia da empresa essa contemplação de um pôr do sol. E, encerrar o seu dia vendo um espetáculo da natureza, não tem nada melhor”, finaliza.