Considerado o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo, ficando atrás apenas do de mama e próstata, o câncer de intestino é um problema considerado sério e grave. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), nos últimos anos, a incidência da doença tem crescido, o que aumenta a necessidade da sua prevenção. Em função disso, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia promove o Setembro Verde, que é um mês dedicado a alertar, informar e divulgar assuntos relacionados ao câncer de intestino.
A doença é tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia.
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. Após o tratamento, é necessário realizar o acompanhamento médico para monitoramento de novos tumores.
Os principais fatores relacionados ao surgimento da doença são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). Também entra nessa lista o consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).
Prevenção
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino, conforme apontam especialistas no assunto. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes.
Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer.
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer do cólon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Os casos positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia e retossigmoidoscopia, nos quais o médico vai visualizar a parte interna do intestino, buscando o câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer.