Campos realizou nesta sexta-feira (02), no Hospital Ferreira Machado (HFM) duas cirurgias de coluna com endoscopia, pioneira na rede pública de saúde do município pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento indicado para problemas de coluna como hérnia de disco, será realizado em um homem e uma mulher, pelo neurocirurgião Eduardo Piassi Lopes. A cirurgia, menos invasiva, com um corte de cerca de um centímetros na lombar, permite um pós-operatório mais seguro e uma recuperação rápida.
O médico, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e superintendente do HFM, Arthur Borges explicou que a prefeitura recebeu a doação do equipamento através de uma parceria técnica.
“Essas cirurgias de hoje são cirurgias uma doação através de uma parceria técnica que estamos fazendo com uma empresa, para que possamos começar a fazer os procedimentos. Hoje serão contemplados dois pacientes que já estavam internados aqui, aguardando vagas para serem transferidos para fazer uma cirurgia convencional, a cirurgia aberta. Agora vai ser oferecido a eles, aqui, a cirurgia com módulo endoscópico”, explicou o superintendente do HFM que acrescentou ainda que, o sucesso da cirurgia desta sexta servirá para avaliar a capacidade da unidade realizar mais procedimentos como este, fazendo a locação do equipamento disponibilizado para essas duas cirurgias.
O neurocirurgião Eduardo Piassi explicou as vantagens do procedimento e comemorou o avanço da disponibilização desta tecnologia para a população, através do SUS.
“Essa é uma cirurgia moderna. Estamos conseguindo disponibilizar hoje, inicialmente, para dois pacientes que estão internados aqui no Hospital Ferreira Machado. É importante porque é uma cirurgia moderna, que permite uma recuperação mais rápida. Poder oferecer isso na rede pública é um avanço. Além da tecnologia, é um avanço em termos sociais para a população em geral”, disse.
O neurocirurgião revelou que uma das principais vantagens desta modalidade cirúrgica é a recuperação rápida do paciente. “A medicina de uma forma geral, na área cirúrgica, tem tendências uma delas, em todas as áreas, é a cirurgia ser cada vez menor. Então ela é considerada uma cirurgia minimamente invasiva. O paciente tem uma alta hospitalar mais rápida, com recuperação em casa, também é mais acelerada e ele consegue retomar as atividades, trabalho, exercícios com maior rapidez”, disse.
Para o médico, a disponibilização desta tecnologia, que interfere diretamente no bem estar do paciente, no SUS é um avanço.
“Poder disponibilizar um instrumento que, até então só era disponível na rede privada, com paciente da rede pública, que são pacientes que estavam aqui alguns dias já internados, aguardando a regulação de vaga em outros hospitais para a realização da cirurgia, ver a felicidade do paciente no momento em que a gente pode falar para eles que conseguiu fazer a cirurgia aqui mesmo, é muito recompensador. Falei isso ontem com os pacientes, então a felicidade deles é muito gratificante,” comemorou o neurocirurgião.