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Comerciantes usam carros para fechar a rua Alvarenga Filho, na Pelinca, em protesto contra sujeira causada por recapeamento asfáltico

Manifestantes afirmam que esperam há dois meses pela obra, mas que trabalho em horário comercial causa transtornos

Trânsito
Por Redação
12 de julho de 2022 - 11h53

Comerciantes usaram seus carros particulares para fecharem a rua Alvarenga Filho, na Pelinca, em protesto contra sujeira causada pelo recapeamento asfáltico iniciado na manhã desta terça-feira (12) pela Prefeitura de Campos. De acordo com Filipe Aragão Viana, proprietário de uma padaria localizada em frente ao trecho que passa por intervenção, a obra é aguardada desde que o asfalto antigo foi retirado, mas o trabalho em horário comercial causa transtornos. No momento da publicação desta reportagem os veículos já haviam sido retirados do local.

Prolongamento da rua Saldanha Marinho, a rua Alvarenga Filho foi parcialmente interditada no trecho entre as ruas Barão de Miracema e Voluntários da Pátria. Na manhã desta terça, o tráfego acontece em apenas uma faixa no local, o que causa lentidão no trânsito em vias próximas, como a avenida José Alves de Azevedo (Beira-valão) e a rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa).

Filipe afirma que os comerciantes do entorno não foram comunicados pela Prefeitura sobre o horário da obra e que a poeira levantada pelas máquinas e homens impede o funcionamento dos estabelecimentos, especialmente aqueles que, como ele, atuam no comércio de alimentos.

Com o tráfego na rua Alvarenga Filho acontecendo em uma faixa, trânsito ficou congestionado nas imediações. (Foto: Silvana Rust)

“A equipe chegou por volta das 7h30 e simplesmente fechou a rua, sem nenhum aviso. Quando começou a levantar poeira em frente da loja, fui falar com o encarregado e ele disse que só cumpre ordens. Trabalho com alimento, não posso ficar aberto com poeira entrando na padaria. Aí, puxei meu carro, botei em frente à loja e disse: ‘aqui vocês não vão fazer'”, conta.

O proprietário de uma loja de cosméticos vizinha à padaria chegou minutos depois e aderiu à manifestação. Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) estiveram no local, conversaram com os comerciantes e acordaram a liberação da pista.

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Filipe afirma que o objetivo do ato foi protestar não contra a obra, mas contra o horário escolhido pela Prefeitura para executá-la.

“Estamos esperando há dois meses por essa obra. Podiam ter feito à noite ou no domingo. Mas, aparentemente não querem pagar hora extra e adicional noturno. Ou querem mostrar que está acontecendo. Mas, obra não é para ser vista, é para ser sentida. Quero sentir a melhoria na minha cidade”, opina.

A farmacêutica Aquila Cavalares, que atua em uma farmácia localizada no trecho da rua Alvarenga Filho afetado pela obra, faz coro.

“Não acho que é o melhor momento para fazer a obra, por mais que tenha começado de manhã cedo, vai até o final do dia. Isso atrapalha o andamento do trânsito, sem contar a poeira causada pelas máquinas que prejudica quem está trabalhando”.

Em nota, a Prefeitura informou que “a Secretaria de Obras e Infraestrutura esclarece que o local, onde estão sendo realizadas as obras, é uma área predominantemente residencial, com poucos estabelecimentos comerciais em volta, por isso a decisão de se fazer os serviços durante o dia e não prejudicar os moradores com o barulho de máquinas durante a madrugada. A pasta acrescenta que a intervenção vai durar apenas o dia de hoje”.