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Filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos, nos cinemas de Campos

O Jornal Terceira Via revelou há três anos, em primeira mão, os bastidores da filmagem na cidade do Rio de Janeiro

Blog dos Jornalistas
Por Blog dos Jornalistas
26 de abril de 2022 - 8h53
Cena do filme de Lázaro Ramos

O filme brasileiro “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos, tem se destacado nos cinemas do país. A obra tem repercutido na imprensa, entre críticos especializados e internautas nas redes sociais. Em Campos dos Goytacazes, o público tem ainda esta semana para conferir o longa nas telonas. Em 2019, o Jornal Terceira Via publicou imagens inéditas das filmagens no Rio de Janeiro (clique aqui) feitas pelo repórter Ocinei Trindade.

O primeiro longa de ficção de Lázaro Ramos é baseado no texto teatral “Namíbia, não”, de Aldri Anunciação, de 2009. Ele e Lázaro também assinam o roteiro do filme. “Medida Provisória” tem gerado muitas discussões por abordar o racismo de forma contundente no Brasil. A história se passa em um futuro distópico, em que o governo do país resolve banir todos os negros, devolvendo-os para a África. A limpeza etnica e a intolerância são escancaradas. Apesar de ser ficção, a narrativa traz diversas realidades vividas por brasileiros e os diferentes tipos de racismo.

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Em cena Alfred Enoch, Taís Araújo de Seu Jorge (Reprodução)

No elenco, estão atores consagrados como Tais Araújo, Adriana Esteves, Renata Sorrah e Seu Jorge. Um dos protagonistas da trama é o ator britânico e brasileiro Alfred Enoch, que fez parte da franquia Harry Potter. O filme “Medida Provisória” tem gerado polêmicas e incômodos dentro e fora das salas de cinema. O ex-secretário de Cultura, Mário Frias, incitou vários bolsonaristas a boicotarem a obra. Ele afirmou que os atores Lázaro Ramos e Tais Araújo prestavam um desservirço ao Brasil.

O filme “Medida Provisória” oferece ao público uma série de reflexões sobre racismo, meritocracia, intolerância, sexualidade, políticas públicas, além das relações tensas e delicadas que envolvem política e justiça no Brasil. Trata-se de uma obra oportuna para rever muitos conceitos e preconceitos que tomam conta do país em pleno 2022.