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Kûara leva energia solar para cerâmicas

Com tecnologia mais moderna do mundo, a Ki-Joinha é a primeira do Brasil e da Baixada a utilizar SolarEdge

Campos
Por Redação
5 de outubro de 2020 - 0h01

Parque de iluminação na Ki-Joinha (Foto: divulgação)

O tradicional Parque Cerâmico de Campos, centralizado na Baixada Campista, virou uma página de sua rica história com a inauguração da primeira usina de energia fotovoltaica SolarEdge – a mais moderna tecnologia do mundo em energia solar- que passa a alimentar a Cerâmica Ki-Joinha, localizada em Baixa Grande. A usina foi instalada pela Kûara, empresa sediada em Campos, mas com abrangência regional, sendo a única que trabalha com esse tipo de sistema, gerando o que é considerada a energia mais limpa hoje no planeta.

A Ki-Joinha, que produz 28 mil tijolos por dia e tem 23 funcionários, vai economizar 98% de energia elétrica. A potência do sistema é de 70,08 KWp, com previsão de geração para o primeiro ano de 130.085,15 KWh, o que significa a neutralização de 65 toneladas de CO2/ano e gerando 8,6 mil kwh.
O sistema é composto por 192 módulos fotovoltaicos e 92 otimizadores de potência modelo P730, de tecnologia israelense, além de 2 inversores SolarEdge SE27,6K. Ele é operado pela Kûara, e difere de outros sistemas de geração de energia solar. Surgiu no mundo em 2006, concebido por Guy Slla que fundou a empresa SolarEdger, hoje uma das gigantes do mercado mundial.
Esse sistema aproveitou o que tinha de melhor como a funcionalidade do inversor convencional e desenvolveu soluções para todos os problemas do sistema convencional, como a otimização da geração de energia de cada módulo, aumento da segurança do sistema, tanto durante a manutenção quanto no curso da operação.

Confiabilidade e garantia
Em sua explanação durante a solenidade de inauguração da usina, o diretor e fundador da Kûara, o engenheiro Guilherme Castro, que passou anos estudando energia solar, falou das vantagens do sistema, e que essa tecnologia veio para revolucionar a geração de energia solar no mundo, pois conseguiu equalizar todos os problemas periféricos desde o sombreamento até o vento, entre outras coisas que comprometem a potencialidade de uma usina.

Guilherme Castro disse que o sistema é tão confiável que sua empresa, que presta assistência a essas usinas, antecipa a garantia dos equipamentos, com uma resolutividade de 72h no máximo, enquanto a garantia do fabricante demanda mais tempo.
“Confiamos tanto no sistema e estreitamos tanto os laços de parcerias com nossos clientes que a Kûara não espera a garantia de fábrica para a reposição de algum equipamento. Num prazo máximo de 72h, trocamos o equipamento para que haja o mínimo de descontinuidade do sistema. Somos uma das poucas empresas do ramo que opera com esse compromisso”, disse o engenheiro.

Otimizador
O grande diferencial da tecnologia SolarEdge é a utilização de otimizadores de potência a cada um ou dois módulos. Os otimizadores fazem com que esses módulos tenham uma melhor performance sem que sejam impactados pelos outros módulos string.

Além disso, o otimizador permite a visualização de como está a produção a cada dois módulos, o que implica na rápida identificação de problema de qualquer origem para o imediato reparo. Isso significa maior segurança à instalação, evitando altas tensões, quando o sistema não está em operação. Também diminui a possibilidade da ocorrência de curto-circuito e arcos elétricos na usina.

O otimizador israelense é um equipamento pequeno e durante a solenidade, onde foi servido um almoço aos convidados, eles foram colocados em cada mesa, podendo ser manuseado por todos.

Expectativa de maior produção
A Ki-Joinha foi fundada pelo empresário Jorge de Souza Freitas e por sua esposa Angela Maria da Penha Gomes Frentes há 28 anos. Uma empresa familiar, que tem como herdeiros os filhos Jorge Magno Gomes Freitas, Aline de Fátima Freitas e Ataiane Freitas.
Hoje, a empresa é administrada por Jorge Maguinho e sua mãe. Segundo ele, a instalação do sistema da Kûara é um investimento altamente sustentável financeiramente, principalmente quando se trata de meio ambiente. Ele espera em um primeiro momento economizar 98% de energia elétrica.
“Fizemos pesquisas e optamos por um sistema confiável. Essa é considerada a tecnologia mais avançada do mundo. Meu pai me contava que as cerâmicas e olarias da Baixada eram movidas a lenha, mesmo com energia solar. Estamos orgulhosos de participar disso e sermos, de certa forma, pioneiros”, disse Jorge Magno Gomes Freitas.

A produção de 28 mil tijolos/dia, que tem em sua maior parte como destino o mercado da região metropolitana do Rio de Janeiro, deve se expandir no ano que vem. “Pelo menos temos energia para isso. Vamos ter condições de atender a demanda e o mercado da construção civil está voltando a se aquecer. A Kûara foi a única empresa que me passou confiabilidade e preocupação com os clientes”, disse o empresário.

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Prova de prestígio
A inauguração da usina de energia solar da cerâmica Ki- Joinha foi uma prova de prestígio tanto da Ki-Joinha quanto da Kûara. Estavam presentes os representantes de diversos segmentos da cadeia produtiva do município, como vários ceramistas inclusive a diretoria em peso do sindicato do setor, liderada pelo presidente Paulo Roberto. O presidente da Câmara de Dirigente Lojistas de Campos – CDL – José Rodrigues, também presente, destacou o investimento. “Apesar desta grave crise financeira em todo o mundo, potencializada pela pandemia, isso aqui é mostra do empreendedorismo do campista. O Parque Cerâmico da Baixada Campista sempre foi um orgulho do município, gerando milhares de postos de trabalho direta e indiretamente. E sempre sob o signo da modernidade, sendo prova disso a instalação desta usina que usa a tecnologia mais moderna do mundo neste segmento”, disse o presidente da CDL.

Durante o evento, a Kûara, que hoje desenvolve projetos de usinas maiores em pontos diferentes da região, como no município de Santo Antônio de Pádua, sorteou entre os empresários presentes um sistema de geração de energia composto de quatro placas. O empresário premiado disse que vai fazer um segundo sorteio para os colaboradores de sua cerâmica.

Documentário sobre a Ki-Joinha
Após o almoço servido aos convidados foi exibido em um telão um filme produzido pela Kûara, com cinco minutos de duração, que emocionou a todos. Na verdade, o vídeo é um documentário que retroage em 28 anos, quando Jorge de Souza Freitas, fundou a cerâmica Ki-Joinha, após vender um caminhão comprado em consórcio para adquirir o maquinário.

No filme, a esposa Angela fala da luta daqueles dias de muito trabalho e da visão empresarial do marido, que logo em seguida adoeceu e se afastou das atividades. “Como marido e como pai, e também nos negócios, foi um grande homem”.

Também no filme, o emocionado depoimento do filho, Jorge Magno, que hoje administra a empresa, a primeira no Brasil a usar o sistema SolarEdge, acrescenta que foi a empresa deste setor que deu mais garantias, sendo o sistema mais confiável. Falou do caminho aberto pelos pais e que agora trilha junto com suas irmãs. Em família. Ao término, ficou constatada a tendência de que outras cerâmicas da Baixada Campista devem adotar o mesmo sistema de geração de energia.

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