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Projeto do primeiro terminal de integração em fase final

Parceria com iniciativa privada vai beneficiar usuários da região da Baixada Campista, Cambaíba e Martins Laje

Campos
Por Thiago Gomes
7 de setembro de 2020 - 11h54

Terminal AB | Iluminação precária, banheiros sujos e tendas improvisadas são apenas algumas reclamações dos passageiros. (Fotos: Carlos Grevi)

Um ano e três meses após o lançamento do sistema integrado de transporte público municipal, chamado de Mobi Campos, a obra do primeiro terminal definitivo, o AB, está para começar, segundo a Prefeitura de Campos. O município, no entanto, não estipulou datas, mas disse que se trata de uma parceria com a iniciativa privada que vai beneficiar usuários da Baixada Campista, Cambaíba e Martins Laje. Um dos principais problemas apontados pelos passageiros desde o início da operação do novo sistema é justamente o improviso com que os terminais de integração foram instalados. Eles funcionam até hoje em tendas de lona. Ainda segundo a prefeitura, outro terminal, o C, que atende a região Norte, também será construído. Mas este com recurso federal.

Queixa | Simone usa o terminal diariamente e reclama da estrutura

Após a implantação do sistema alimentador, a integração entre ônibus, micro-ônibus e vans é feita em seis pontos terminais espalhados pela cidade: BR-101 Shopping Estrada, BR-356 Furnas, RJ-158 Ambev, Cepop, BR-101 Guarus – Dical e Parque Bela Vista.

Mas o serviço, do jeito que vem sendo oferecido, tem desagradado parte dos usuários. O estudante Luan Lucas, de 21 anos, usa o Terminal AB três vezes por semana e disse estar insatisfeito. Ele vem de Campo Novo de van, para no local e apanha um ônibus em direção ao Centro. E, no fim do dia, faz o caminho inverso. Para ele, a estrutura improvisada não oferece o mínimo de conforto. “Não tem lugar para sentar, a iluminação é precária e a situação piora muito em dias de chuva. A estrutura não comporta todo mundo e muita gente acaba se molhando”, reclamou o estudante, que falou ainda da sujeira dos banheiros.

A operadora de caixa Simone dos Santos Azeredo, de 45 anos, usa o mesmo terminal todos os dias. Ela, que sai de Venda Nova e para no local para ir até o Centro, também reclama da estrutura. Ou da falta dela. “Quem apanha ônibus aqui à noite fica no escuro. Olha essa tenda, veja você mesmo como não tem lâmpada”, disse Simone para a equipe de reportagem, ao apontar para a tenda onde estacionam as vans que vão para Venda Nova.

Em nota, a prefeitura informou que “a crise econômica provocou mudanças no planejamento dos terminais do sistema alimentador. Diante da realidade financeira do município, para garantir a execução das melhorias, a prefeitura buscou parceria com empresas da iniciativa privada e ainda recursos federais. O projeto do terminal AB está em fase de conclusão e será realizado em parceria com a iniciativa privada, como medida compensatória de investimentos já realizados e de outros que ainda virão”, disse a prefeitura em nota.

Ainda seguindo o município, no terminal C, na região Norte, as obras serão executadas com recurso federal já aprovado, em trâmite para liberação. “Quanto à estrutura atualmente oferecida, a Prefeitura reconhece que não é a ideal, que há problemas a serem sanados e está trabalhando para isso. Entretanto, cabe ressaltar que nunca houve estrutura alguma para os usuários de vans e que a atual é a mínima para um período de transição”, finalizou.

Mobi Campos

O novo sistema integrado de transporte entrou em vigor no dia 13 de junho de 2019, um sábado. O último dia de circulação das vans do transporte alternativo foi no dia anterior (12), já que no dia 13 os ônibus assumiram provisoriamente todas as linhas urbanas e distritais. A medida durou até que os permissionários habilitados por processo licitatório integrarem o sistema alimentador. No dia 19 de agosto de 2019, os permissionários começaram a atuar.