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Ciclismo vira ‘febre’ entre os campistas

Novos adeptos do pedal investem em equipamentos de segurança, inclusive máscara de proteção contra a Covid-19

Geral
Por Redação
23 de agosto de 2020 - 0h01

Grupo segue pelo acostamento rumo à Baixada Campista (Foto: Carlos Grevi)

Durante a pandemia do novo coronavírus, o número de praticantes do ciclismo cresceu em Campos. A prática é extremamente recomendada à saúde, mas é preciso ter alguns cuidados ao iniciar no esporte, como conta o professor de educação física e personal trainer, Victor Hugo Rangel.

“Muitas pessoas quando começam, querem começar pedalando longas distâncias, forçando a musculatura e a capacidade cardiorrespiratória mais do que devia. Isso pode acabar acarretando em lesões sérias e pode ser prejudicial à saúde. É preciso começar com curtas distâncias e ir aumentando a quilometragem ao longo do tempo”, comentou Victor.

Já o ciclista Daniel Rangel, contou que fez do ciclismo uma prática quase que diária com os amigos. “Eu comecei incentivado por dois amigos há um ano, mas não conseguia ter constância e não dava prioridade para pedalar. Com a chegada da pandemia, as academia fecharam, o futebol parou e o ritmo de vida possibilitou o retorno ao pedal”, declarou Daniel.

“Juntei com alguns amigos e, através de fotos que postamos nas redes sociais, um grupo da nossa igreja se juntou e hoje somos aproximadamente 70 pessoas que pedalam no grupo e compartilham esse pedal nas redes sociais, marcando o @pedalsibc no instagram. Ainda não conseguimos reunir todos, mas em breve isso acontecerá”, enfatizou Daniel.

Ainda segundo Daniel, o grupo tem outro objetivo além de simplesmente pedalar. “Pedalar tem nos feito muito bem, ajudou bastante a tratar a ansiedade e a respirar um ar puro e ver uma paisagem sem igual Sempre oramos antes de sair, e desejamos além de ajudar as pessoas a iniciarem no esporte, ajuda também a terem um encontro com Jesus”, declarou o ciclista, que também é pastor da Segunda Igreja Batista de Campos.

Já o técnico em edificações, José Gomes Júnior, começou a gravar vídeos durante o percurso e chegou a criar inclusive, um canal no youtube. “Comecei a pedalar em 2016. Pouco tempo depois, vi que no youtube, haviam muitos canais de ciclistas, mostrando trilhas, trajetos e percebi que de Campos, não havia ninguém que fazia essas imagens. Há cinco meses, comprei uma gopro para uma viagem que acabei não usando e então, decidi que filmaria as trilhas que eu fosse fazer para compartilhar com os outros ciclistas e mostrar um pouco das nossas trilhas para as pessoas”, declarou Junior.

“Costumo pedalar três vezes por semana. As terças e quintas, costumo fazer um percurso a noite de aproximadamente 50 quilômetros, saindo do trevo do Índio e indo até Lagoa de Cima, ou ao Morro do Itaoca. Aos fins de semana, costumo estender um pouco mais e fazer 80 quilômetros de percurso, seja sábado ou domingo”, comentou Junior. Ainda segundo o ciclista, existem

algumas dificuldades para quem pedala no período da noite. “Pedalar a noite, acredito que em 90% dos ciclistas optam por pedalar nesse período disponibilidade do horário. É meio que uma opção obrigatório para manter o foco e o condicionamento em dia para no final de semana fazer algo mais longo e legal.

Porém, encontramos dificuldades em ter que enfrentar a BR 101 a noite e o fluxo de carro e caminhões realmente nos deixa apreensivos e preocupados, ainda mais que nosso percurso para o morro a noite se estendeu devido a ponte que usávamos na estrada da Usina do Cupim, em Ururaí, caiu, fazendo com que nosso percurso aumentasse em 5 a 6 km de asfalto, fazendo com que a gente precise ir até a Estrada dos Ceramistas e acessar a estrada do Morro do Itaoca pelo viaduto que corta a BR”, contou José Junior.

“Sair de casa para praticar qualquer que seja a atividade física nos tempos de hoje já é uma grande conquista. O ciclismo, no meu caso o mountain bike (MTB) não é apenas um esporte ou uma atividade física, é também uma higiene mental. O contato com a natureza e as belas paisagem que existe em nossa cidade, muitas delas apenas é possíveis contemplar com a ajuda da bike”, enfatizou o técnico em enfermagem.

A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via acompanhou um grupo durante um pedal na Baixada Campista. Durante o trajeto, a equipe encontrou algumas dificuldades no percurso. Victor Hugo explicou que é preciso ter alguns equipamentos de segurança para preservar a vida do atleta, além de proteger os ciclistas caso uma queda venha ocorrer durante o treino.

Com a atividade física limitada em academias, mais gente optou pelas famosas “magrelas” (Foto: Carlos Grevi)

“Pedalar é vida e gera um bem- -estar ainda melhor. Durante o pedal, o corpo humano libera quatro hormônios, que são chamados de hormônios da felicidade. A endorfina, a dopamina, a serotonina e a ocitocina, são responsáveis por transmitir ao cérebro sensações de alegria, de recompensa e bem-estar. Então, pedalar pode auxiliar até mesmo na cura de uma depressão. Quem pedala, não permanece triste mais”, enfatizou o professor.

O proprietário da loja Master Bike Shop, Max Zulchner, conversou com a nossa equipe e comentou alguns pontos importantes para quem deseja iniciar na prática. “Durante a pandemia, muitas pessoas com a ausência das academias que foram fechadas, decidiram iniciar no ciclismo e nós aqui da loja mantivemos o nosso foco em preparar os novos praticantes a entrar no esporte e ajudá-los na escolha de acordo com cada perfil”, declarou.

“Para iniciar no esporte, é preciso que as pessoas adquiram alguns equipamentos de proteção como capacete, óculos, luvas e sapatilhas apropriadas para garantir a segurança de quem pedala. Além disso, quem deseja iniciar no pedal, deve procurar comprar roupas apropriadas, como roupas com proteção solar e que sejam refletivas para facilitar a visualização dos motoristas. Também é preciso buscar por produtos de qualidade e se atentar para a cobertura da garantia caso o equipamento venha apresentar algum problema,” afirmou Max.