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Adolescente com câncer comove internautas em campanha

"Vaquinha" virtual foi organizada para ajudar Leonardo Olegário no tratamento contra a doença

Solidariedade
Por Redação
31 de março de 2019 - 9h43

O adolescente de 15 anos comoveu a comunidade para ajudá-lo (Reprodução)

Vendedor de bombons pelas ruas do bairro da Pelinca, em Campos, o jovem Leonardo Olegário, de 15 anos, conhecido como Leozinho está causando uma grande mobilização nas redes sociais entre campistas e moradores da região. O adolescente é muito conhecido por quem freqüenta a área e chama atenção por onde passa por sua simpatia e educação ao abordar as pessoas para vender os doces e ajudar a família. Nessa semana, Leozinho recebeu o diagnóstico de que está com Linfoma de Hodgkin – um tipo de câncer maligno que ataca as células de defesa do corpo – e uma vaquinha virtual foi criada com o objetivo de ajudar o adolescente e a família dele.

Começou então uma grande mobilização pelas redes sociais da região para arrecadar dinheiro e outros tipos de contribuições para Leonardo, incluindo a vaquinha virtual. O jovem mora com irmãos e a mãe em uma casa humilde na comunidade da Portelinha, que fica no bairro da Pecuária. Além de dinheiro e alimentação, as pessoas também estão doando itens para a casa dele.

Até o início da noite de sexta-feira (29), o movimento virtual já havia arrecadado mais de R$ 13 mil. A ideia de organizar a vaquinha partiu do estudante Pedro Machado, de 20 anos. O objetivo é chegar ao valor de R$ 20 mil e reverter todo o dinheiro para a compra de alimentos e despesas médicas no tratamento de Leozinho.

“Todo mundo conhece o Leozinho e eu fiquei sabendo do laudo através de uma amiga, então resolvi fazer a vaquinha pra ajudar. Esse valor de R$ 20 mil nós colocamos para ter uma média de arrecadação. O dinheiro é para ajudar a família durante o tratamento dele com despesas médicas, hospitalares, alimentação e o que for necessário. É a primeira vez que faço algo assim para ajudar outra pessoa e estou achando muito bacana a solidariedade de todos”, explicou o estudante.

Além da vaquinha virtual (https://www.vakinha.com.br/ajude-leozinho) há postos de arrecadação em diversos pontos de comércio da cidade. São eles: Rio Mix Carnes, Padaria Formosa, Prime Veículos e Open House. Na tarde desta sexta-feira (29), parte dessa arrecadação já tinha chegado às mãos de Leozinho e de sua família.

No whatsapp, um grupo foi criado com o intuito de ajudar com informações sobre o tratamento da doença e apoio aos familiares que estão inseridos no canal de mensagens instantâneas. Mais de 100 pessoas fazem parte do grupo de mensagens.

Início do tratamento

A reportagem tentou contato com a mãe de Leozinho por várias vezes na tarde da última sexta-feira para saber mais detalhes do estado de saúde dele e sobre o tratamento, mas não conseguiu retorno. Já a Prefeitura de Campos informou em nota que “Nesta terça-feira (2), Leonardo será internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, onde fará novos exames. A Beneficência é uma Unacom do município, especializada no tratamento da doença”.

O Oncobeda, que faz parte do Grupo IMNE, e é referência no tratamento de câncer na região demonstrou solidariedade ao jovem. “A nossa assistente social está ligando para mãe dele para ela dar entrada na segunda na Secretaria de Saúde e iniciar na terça com a oncohematologista”, informou a diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques.

Linfoma de Hodgkin

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo. Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax.