Está em cartaz na Casa de Cultura Villa Maria, a exposição “Mercedes Baptista — O corpo e a dança”, que se estende até 30 de abril.
Nascida em Campos, Mercedes se mudou com a mãe para o Rio de Janeiro muito jovem. Frequentou a Escola de Dança da bailarina Eros Volúsia, reconhecida por seu método de investigação das danças populares para a criação de um balé brasileiro erudito.
Em 1948, Mercedes foi aprovada em concorrido concurso e tornou-se a primeira negra a fazer parte do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ao lado de artistas como Ruth de Souza, Haroldo Costa e Santa Rosa, Mercedes Baptista militou pelo reconhecimento e pela integração de atores e dançarinos negros no teatro brasileiro.
Reconhecida por seus alunos como uma professora bastante rígida e exigente, ao mesmo tempo, sua bondade e sua generosidade tornavam possível aos alunos mais humildes e dedicados realizarem as aulas sem pagar a mensalidade. Estas características permitiram ao seu Ballet Folclórico revelar ao público alguns dos maiores bailarinos e bailarinas da dança brasileira.
Mercedes Baptista morreu em 2014, aos 93 anos, no Rio de Janeiro, onde foi sepultada.