O comandante da 2ª Companhia de Infantaria do Exército em Campos, capitão Kurlan Luiz Marques Barbosa, informou que a corporação ainda não foi notificada para atuar na liberação de estradas bloqueadas por caminhoneiros que aderiram à paralisação. Nesta sexta-feira (25), quinto dia de protestos, o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para liberar as rodovias. Já na quinta-feira, o juiz da 4ª Vara Federal de Niterói, William Douglas Resinente dos Santos, concedeu reintegração de posse do trecho administrado pela Autopista Fluminense e determinou que o Exército fosse notificado para dar poio a possíveis ações de desbloqueio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Jornal Terceira Via fez contato com o Comando Militar do Leste para saber sobre possível notificação da 2º Companhia de Infantaria do Exército em Campos, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.
Paralisação — Em Campos, a barreira está concentrada no km 75 da BR-101, na altura do trevo da Estrada do Ceramistas. Em outras regiões do estado do Rio, motoristas também enfrentam dificuldades para acessar cidades por algumas estradas. Na RJ-140, no município de Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, há retenção em alguns trechos. A ligação com a cidade vizinha Cabo Frio enfrenta congestionamentos por conta da paralisação dos caminhoneiros. Apenas carros de passeio estão sendo liberados pelo bloqueio.
Quem passou pela RJ-140 nesta sexta-feira, pôde ver de perto o cerco organizado por caminhoneiros que impedem passagem de qualquer transporte de carga mesmo que seja leve, como os modelos picapes ou caminhonetes. Os condutores desses veículos não conseguiram prosseguir viagem e entrar em Cabo Frio por São Pedro. Os manifestantes grevistas organizaram um churrasco que servido no próprio local da paralisação.
Ministério da Defesa e Forças Armadas
O ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna reuniu-se nesta sexta-feira(25) à tarde com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, com o seu Chefe de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e com o Comandante de Operações Terrestres do Exército, para definirem as atividades a serem desencadeadas pelas Forças Armadas, a fim de possibilitar o retorno à normalidade das atividades no País.
As Forças Armadas serão empregadas em reforço às ações federais e estaduais, disponibilizando meios em pessoal e material para: distribuição de combustível nos pontos críticos; escolta de comboios; proteção de infraestruturas críticas; e desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais, a fim de evitar prejuízos à sociedade. O emprego das Forças Armadas será realizado de forma rápida, enérgica e integrada.