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Safra da cana-de-açúcar deverá ser 20% maior do que no ano passado

Produção de etanol será superior à de açúcar na região

Economia
Por Redação
24 de maio de 2018 - 14h37

Apenas 40% da safra será destinada à produção de açúcar este ano (Foto: Silvana Rust)

A safra da cana-de-açúcar em Campos, cuja moagem está programada para começar em julho, terá uma peculiaridade este ano: maior produção de etanol do que de açúcar. Isso por conta do preço do primeiro, que está mais valorizado pelo mercado que o segundo. De acordo com o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), Frederico Paes, a previsão é de que 60% da produção seja de etanol e apenas 40% de açúcar.

A previsão é de que as quatro usinas do estado moam 1.2 mil toneladas de cana, o que representa 20% a mais do que a safra passada. O aumento é atribuído às chuvas que caíram este ano, já que nas últimas quatro safras os produtores enfrentaram uma longa estiagem.
Ainda de acordo com Frederico, a safra deste ano será mais curta e que as chuvas que caíram este ano contribuíram para o aumento da produção.

“A safra será 20% maior do que no ano passado. A cana está com boa qualidade por causa das chuvas deste ano. A Coagro optou por uma safra alcooleira, com 60% de nossa produção destinada ao etanol. O produto está com uma remuneração melhor. Além disso, o preço do açúcar está baixo no mercado internacional. A Índia teve uma safra recorde e está subsidiando o plantio de cana. Como os indianos são os segundos maiores produtores de açúcar do mundo, isso acaba afetando. A produção mundial de açúcar está com excedente e o preço em queda”, explicou o presidente.

O setor, que é responsável pela geração de 5 mil empregos diretos e indiretos, aquece a economia do estado do Rio durante o período de safra.

“A cana é uma cultura semiperene e uma safra reflete na outra. Um bom período de chuva vai refletir no próximo ano com benefícios para o produtor, indústria, emprego e para a região. Isso anima o produtor”, finalizou Paes.