A justiça marcou para o dia 8 de maio de 2018 a primeira audiência do caso Ana Paula, crime que teve grande comoção social em Campos. A audiência de instrução e julgamento acontece às 13h30 e terá a presença de testemunhas de acusação, defesa e dos quatros réus. Luana Barreto Sales era cunhada e foi escolhida para ser madrinha de casamento da vítima, a universitária Ana Paula Sales. Segundo a polícia, ela planejou todo o crime e levou a vítima para uma emboscada. O motivo do assassinato – que está sendo tratado de feminicídio – ainda não está claro pela polícia, já que a acusada nega todo envolvimento. A Polícia Civil, no entanto, suspeita de ciúmes ou inveja.
A expectativa é que Luana preste depoimento em juízo, durante a sessão em maio, que acontece na sala de audiência da 1ª Vara Criminal, no Fórum Maria Tereza Gusmão. O casamento de Luana com o irmão de Ana Paula terminou após o crime. Ela segue presa à disposição da Justiça, no presídio feminino Nilza da Silva Santos, em Campos.
Os outros acusados do crime que também devem estar presentes na audiência são: Marcelo Henrique Damasceno, Wermison Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, que estão no presídio de Itaperuna, no Noroeste do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, Luana contratou Marcelo para assassinar Ana Paula, sob a desculpa de que a vítima teria maltratado uma criança. O suspeito, por sua vez, recontratou a dupla Wermison e Igor.
O dia do crime, 19 de agosto de 2017 – Luana e Ana Paula tinham combinado de ir praça do bairro Custodópolis, em Guarus, tomar um sorvete. Era um dia de sábado. O crime aconteceria lá mesmo, depois que os suspeitos simulassem um assalto à vítima. No entanto, os suspeitos entraram em contato com Marcelo e o convenceram a transferir o local do crime, já que Custodópolis era uma praça muito movimentada.
O crime, então, foi transferido para a praça do Parque Rio Branco, também em Guarus. As duas teriam ido ao local para verem a construção da casa de Ana Paula e também fazer uma prova do vestido de noiva de Ana Paula.
Elas estavam sentadas no banco da praça quando os suspeitos chegaram de bicicleta, anunciaram o falso assalto e balearam Ana Paula. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Ferreira Machado, mas morreu dias depois. Horas após o crime, a Polícia Militar identificou e prendeu Igor em flagrante. Dias depois, Wermison, Marcelo e Luana foram presos. Com exceção de Luana, os outros suspeitos confessaram participação no crime. Todos eles chegaram a passar por uma acareação na 146ª Delegacia Legal de Guarus e participaram da reconstituição do crime, elaborada pela Polícia Civil.