Depois de três anos de interrupção, as obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), em Itaboraí, serão retomadas. Depois do envol-vimento da Petrobras em escândalos de corrupção inves-tigados pela Operação Lava-Jato, o Comperj se tornou uma frustração econômica, devido à crise financeira e à demissão em massa. A construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) orçada em R$ 4 bilhões, deve gerar cerca de 5 mil empregos. As obras devem ser retomadas em junho, segundo a Petrobras.
A notícia da retomada dos investimentos no Complexo Petroquímico de Itaboraí provocou entusiasmo para o setor de energia brasileiro. Há uma grande expectativa para o início de contratações de profissionais da construção civil, além de técnicos e engenheiros especializados. Trata-se do principal projeto de gás no país dos próximos três anos. A Petrobras anunciou também que antes do início das obras, previsto para junho, irá oferecer cursos aos trabalhadores contratados, especialmente ligados à segurança do trabalho.
A indústria da construção da construção civil do Rio de Janeiro vive uma de suas piores fases, pois tem sido grave a crise e o aumento do desemprego em todo o Estado. Segundo dados do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio), no final de 2016, havia mais de 60 mil profissionais, mas atualmente o número não passa de 40 mil. A previsão de retomada das obras do Comperj deverá movimentar também a criação de outros empregos com a contratação de fornecedores, além das áreas de alimentação, transportes, locação imobiliária, entre outros. Em Campos, Macaé e em cidades da região, a retomada do Comperj deve atrair diversos profissionais em busca de empregos e novas oportunidades.