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Caso Ana Paula: justiça nega liberdade a homem envolvido na morte da universitária

Cunhada da vítima e outros suspeitos do crime continuam presos aguardando julgamento

Campos
Por Redação
1 de fevereiro de 2018 - 17h48
Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros, de 25 anos (Foto: JTV)

Marcelo Henrique segue preso (Foto: JTV)

O juízo da 1ª Vara Criminal de Campos negou pedido de liberdade e manteve a prisão de Marcelo Henrique Damasceno, de 25 anos, que está preso por envolvimento na morte da universitária Ana Paula Ramos. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (31). O juiz Bruno Rodrigues Pinto justificou que “não houve qualquer alteração no contexto do fato que ensejou a prisão”.

O juiz explicou, ainda, que as condições que poderiam ser favoráveis ao réu – como ter trabalho lícito, residência fixa e não ter antecedentes criminais   – não são suficientes quando estão presentes os “requisitos legais da prisão preventiva”.

A justiça já tinha negado a liberdade dos outros presos: Luana Barreto Sales – acusada de ser a mandante do crime – Igor Magalhães de Souza e Wimerson Carlos Sigmaringa – acusados de serem os executores – em novembro do ano passado.

Segundo o processo, Marcello foi contratado por Luana para matar a universitária, mas ele teria recontratado Igor e Wimerson. O crime aconteceu no início da noite de 19 de agosto de 2017.

Amigas de uma vida inteira Ana Paula e Luana tinham amizade desde a adolescência. (Foto: Reprodução)

Amigas de uma vida inteira Ana Paula e Luana tinham amizade desde a adolescência. (Foto: Reprodução)

Sobre o Crime
Ana Paula foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. As primeiras informações davam conta de que ela teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio. No entanto, as investigações da polícia apontaram que Ana Paula foi vítima de uma emboscada e que a morte foi encomendada pela cunhada dela, Luana Barreto Sales, que a acompanhava no momento do crime.

Segundo a Polícia Civil, Luana teria pago R$ 2.500 a dois assassinos para que cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte). Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil com os criminosos.

No sábado (19), a cunhada teria levado Ana Paula até a praça do Parque Rio Branco, próximo ao Hospital Geral de Guarus (HGG), onde aconteceu o crime, sob a justificativa de visitar um terreno e experimentar o vestido que Luana usaria no casamento de Ana Paula, em que seria madrinha. As duas teriam parado para tomar um sorvete nessa praça quando a vítima foi abordada pelos executores. Eles teriam pedido o celular da moça, que o entregou sem reagir, mas ainda assim foi alvejada com três tiros — dois no tórax e um na cabeça.

No dia seguinte, a Polícia Militar localizou e prendeu um dos atiradores, Igor e, na noite do dia (21), os policiais encontraram o segundo executor do crime, Wermison, em uma residência na praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana. Além de confessar o fato, ele também apontou Luana como a mandante do crime. Ele disse ter recebido a quantia, enterrado o celular usado para esquematizar o assassinato e fugido para a praia.

Na manhã de terça-feira (22), os policiais prenderam o terceiro suspeito, Marcelo Henrique, que era namorado de uma amiga de Luana e foi localizado no Parque Santa Clara, em Guarus. Marcelo contou aos policiais civis que a suposta mandante teria dito que Ana Paula estaria “maltratando” uma criança de quatro anos e, por isso, deveria morrer. No entanto, o delegado da 146ª DP afirma que essa justificativa não seria verdadeira, mas uma “desculpa” para que os executores cometessem o crime “sem pena” da vítima.