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No Dia do Professor, a Terceira Via bate um papo com o mestre dos mestres

Uma conversa com Fernando da Silveira, ainda apaixonado pela profissão aos 88 anos

Geral
Por Redação
15 de outubro de 2017 - 1h01
(Foto: Silvana Rust)

(Foto: Silvana Rust)

“Ser professor é amar os alunos!” A frase é do mestre Fernando da Silveira, que aos 88 anos, diminuiu o ritmo de trabalho, mas não perdeu o número de alunos e ex-alunos que são admiradores e fãs das suas aulas e do seu jeito carinhoso de ensinar. Uma enciclopédia viva! Feliz de quem teve ou ainda tem a oportunidade de receber seus ensinamentos.

Jornalista, advogado, pós-graduado em direito civil e processo penal, mestre em comunicação pela UFRJ, membro da Academia Campista de Letras e professor, Silveira conta com orgulho que ainda leciona com muita satisfação. O mestrado concluiu aos 70 anos. “Tinha gente na sala que achava que eu era o professor!”, se diverte contando.

Mas ele não esconde a profissão que mais o satisfaz: “Amo ser professor e jornalista, gosto mais do que ser advogado”. Por conta do ritmo intenso de trabalho, há quatro anos a família o proibiu de dirigir e ele se viu obrigado a deixar algumas turmas.
Na época, eram três universidades diferentes. Hoje, ele se dedica a duas turmas, duas vezes por semana, quatro vezes por dia.

“Tenho cerca de 80 alunos, do terceiro período do curso de direito da FDC (Faculdade de Direito de Campos – Uniflu). Amo ensinar! Acordo com entusiasmo para dar aula. Tornei-me um bom pai e marido porque sou professor e aprendi com isso a amar o outro.”

Casado há 56 anos, pai de três filhos e avô de três netos, Fernando conta que ainda não é adepto à tecnologia. O celular ele pouco usa e o aparelho fica mais tempo esquecido em casa. Quando encontra a neta de quinze anos ele logo tira dela os fones de ouvido e ela sempre deixa claro que ele é o único que tem permissão para fazer isso. Fernando não se conforma com a ideia do celular está substituindo as relações. A mesma opinião ele tem dos cursos à distância que prometem ensinar com a mesma qualidade dos cursos presenciais.

“O ensino à distância é um retrocesso! Estamos tirando dos alunos a capacidade de pensar e discutir.” Silveira defende a participação dos alunos em sala de aula, discutindo os temas. Educar para jovens nos dias de hoje para ele é um desafio e ele
procura se tornar jovem para dialogar com seus alunos. Mesmo já somando quase nove décadas lecionando o professor Fernando
se sente feliz e adora as atividades fora de sala. Sempre escolhe o Cyber café da livraria Livro Verde para estar com os alunos. A todos os mestres, Parabéns pelo dia de hoje!

“Educar é abrir as comportas do espírito humano!”